São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006 |
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Painel Renata Lo Prete - painel@uol.com.br Embrulho
O PT encontrou um discurso para justificar a resistência em abrir mão de parte significativa dos cargos
que ocupa na máquina federal em benefício de aliados, notadamente o PMDB. Trata-se da tese da "governabilidade social", vocalizada na reunião com Lula
e ouvida aqui e ali de integrantes do partido. Segundo
ela, o PT, por sua ligação histórica com os movimentos sociais, "fundamentais" para a reeleição do presidente, não poderia ser medido apenas por seu espaço
no Congresso -menos de 20%. À primeira vista inofensiva, essa conversa embute uma mensagem algo
ameaçadora: se Lula tirar "demais" do PT, arranjará
"confusão" com os movimentos sociais. Reprise. Um aliado que teve assento privilegiado na montagem do primeiro governo observa que Lula está, novamente, "tentando comer o PMDB pelas bordas", método fadado ao fracasso porque, no final, obrigará o presidente a pagar por uma mercadoria que já chegará vencida. Orixás. Um PhD em Lula explica por que é incorreto usar o xadrez como metáfora para a montagem do ministério: "O Lula joga búzios". Casa Cor. O presidente ainda não escolheu o primeiro escalão, mas já definiu uma obra para o segundo mandato. Depois da ampla reforma recém-concluída no Palácio da Alvorada, vem aí a do Planalto. Lula tem dito a quem o visita que a situação de seu local de trabalho é "precária".
Sangue. O mau humor de
Marco Aurélio Garcia com os
jornalistas em público não é
nada perto do que o assessor
presidencial tem falado contra a imprensa em privado. "E
falado para as pessoas erradas", adverte um petista graúdo, que teme o efeito bumerangue de tanta beligerância. Ciranda 1. A Petrobras estuda a possibilidade de firmar uma parceria com o Atlético Mineiro, time presidido por Ricardo Guimarães, que vem a ser proprietário do BMG, banco que ganhou fama com a descoberta do valerioduto. Ciranda 2. Quem se empenha sobremaneira pelo negócio Petrobras-Atlético é Virgílio Guimarães, o deputado petista que apresentou Marcos Valério a Delúbio Soares. Plataforma. Aldo Rebelo (PC do B-SP) pretende bancar proposta "definitiva" para o salário dos deputados. Em campanha por um novo mandato, o presidente da Câmara espera apenas receber estudo encomendado à FGV para definir cortes e destinar a sobra dos recursos para o reajuste. Boca-de-urna. Deputados têm sido bombardeados com telefonemas dos colegas postulantes à vaga de ministro do TCU. O único discreto é justamente o que atrai a simpatia de muitos parlamentares: o secretário-geral da Mesa da Câmara, Mozart Viana.
Nem pensar. PT e PMDB
não querem saber do ex-prefeito de Salvador Antonio Imbassahy no secretariado de
Jaques Wagner. Alegam que o
PSDB, adversário (só de fachada) na campanha, não pode se dar bem agora. De EDUARDO GRAEFF , secretário-geral da Presidência na gestão FHC, sobre o ministro da Justiça, segundo quem é preciso ver se o caso do dossiê contra José Serra "realmente tem uma grande gravidade ou se não tem uma grande gravidade". Contraponto Receita de pizza
Na morna sessão da CPI dos Sanguessugas em que foi
ouvido o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT), o
combativo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) fazia perguntas leves enquanto o senador Sibá Machado (AC),
ponta-de-lança do governo em dias tensos, distribuía
apertos de mão aos oposicionistas presentes. |
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