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Deputados e PPS enviam ação ao STF contra reajuste
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O STF (Supremo Tribunal
Federal) recebeu ontem as
duas primeiras contestações ao
aumento salarial de 91% para
parlamentares e pode tomar já
hoje uma decisão que suspenderia a medida.
O tribunal recebeu uma ação
direta de inconstitucionalidade
movida pelo PPS e um mandado de segurança proposto por
deputados do PSDB, PV e PPS.
A ação de inconstitucionalidade questiona o decreto legislativo de 2002 que permitiu
equiparar a remuneração dos
congressistas à dos ministros
do STF, hoje de R$ 24.500.
O plenário do Supremo marcou para hoje a votação do pedido de liminar. Se concedê-lo,
suspende o reajuste.
Apesar da posição contrária
da sigla, o líder do PPS na Câmara, Colbert Martins (BA),
votou a favor do aumento. A assessoria da presidência do PPS
disse que foi uma manifestação
pessoal, e que não deve puni-lo.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza,
afirmou que a iniciativa do PPS
poderá fracassar porque o decreto contestado perdeu validade jurídica em 2003. A tendência do STF seria arquivá-la.
Já o mandado de segurança é
assinado pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ) e Raul
Jungmann (PPS-PE). Eles dizem que o decreto legislativo é
ilegal e sustentam a necessidade de aprovação de lei.
A concessão da liminar pode
ser decidida hoje pelo relator
do mandado de segurança, ministro Ricardo Lewandowski,
ou a partir de amanhã pelo vice-presidente do STF, Gilmar
Mendes, que trabalhará no recesso em casos urgentes.
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