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Nos dois dias de audiência, juíza gera polêmica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"Boa sorte para o senhor, felicidades. Graças a Deus, ninguém morreu." Foi assim que a
juíza Maria de Fátima Costa, da
10ª Vara Federal em Brasília, se
despediu do deputado Paulo
Rocha (PT-PA) e encerrou, ontem, os interrogatórios dos deputados réus do mensalão.
Nos dois dias de audiência,
ela gerou polêmica, com jornalistas, advogados e réu (Rocha).
Ontem de manhã, mandou
registrar nas notas taquigráficas da audiência que "a defesa
de Roberto Jefferson, para perturbar a audiência, quer consignar que o senhor Pedro Henry
não queria responder à pergunta", referindo-se a um pedido
do advogado de Jefferson, Luiz
Francisco Barbosa, para registrar um detalhe do interrogatório no documento.
Horas depois, o advogado enviou um pedido à juíza para que
ela fizesse acareação entre
Henry e José Genoino, ouvido
na véspera, para esclarecer um
confronto de informações.
"Vou encaminhar seu pedido
ao STF, porque isso não é da
minha competência. Eu queria
ser ministra do Supremo, queria estar no lugar da Carmem
Lúcia", disse, em tom de brincadeira. Depois, afirmou que o
advogado poderia solicitar cópias das notas da audiência,
bastando pagar por elas. "Posso
até pagar a sua cópia, já paguei
até lanche para réu aqui", disse.
Na segunda, a juíza disse ao
réu Genoino que ele tinha tido
sorte de "pegar um juíza simpática e cearense", como ele.
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