São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Nos dois dias de audiência, juíza gera polêmica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Boa sorte para o senhor, felicidades. Graças a Deus, ninguém morreu." Foi assim que a juíza Maria de Fátima Costa, da 10ª Vara Federal em Brasília, se despediu do deputado Paulo Rocha (PT-PA) e encerrou, ontem, os interrogatórios dos deputados réus do mensalão.
Nos dois dias de audiência, ela gerou polêmica, com jornalistas, advogados e réu (Rocha).
Ontem de manhã, mandou registrar nas notas taquigráficas da audiência que "a defesa de Roberto Jefferson, para perturbar a audiência, quer consignar que o senhor Pedro Henry não queria responder à pergunta", referindo-se a um pedido do advogado de Jefferson, Luiz Francisco Barbosa, para registrar um detalhe do interrogatório no documento.
Horas depois, o advogado enviou um pedido à juíza para que ela fizesse acareação entre Henry e José Genoino, ouvido na véspera, para esclarecer um confronto de informações.
"Vou encaminhar seu pedido ao STF, porque isso não é da minha competência. Eu queria ser ministra do Supremo, queria estar no lugar da Carmem Lúcia", disse, em tom de brincadeira. Depois, afirmou que o advogado poderia solicitar cópias das notas da audiência, bastando pagar por elas. "Posso até pagar a sua cópia, já paguei até lanche para réu aqui", disse.
Na segunda, a juíza disse ao réu Genoino que ele tinha tido sorte de "pegar um juíza simpática e cearense", como ele.


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