São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para pedetista, governador de MG seria melhor candidato de oposição

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse ontem que aceitaria "jogar cara ou coroa" para escolher entre o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (sem partido), e o presidenciável do PPS, Ciro Gomes, como candidato de oposição à Presidência da República em 2002.
"A necessidade de união é tão grande que, se tivermos de viver essa contingência, penso que devíamos fazê-lo", declarou o pedetista, ressalvando, porém, que Itamar reúne "melhor base e credenciais mais afirmativas" que Ciro, além de governar um Estado que tem sido, ao longo da história, o "coração do país".
Brizola disse que o PDT está aberto a Itamar, se o governador desejasse se filiar ao partido. "Não queremos constrangê-lo com um convite formal, porque isso é um problema de consciência. Mas, se ele caminhar em nossa direção, será uma honra para nós."

Aliança de oposição
O líder do PDT previu que dificilmente o PT integrará uma aliança de oposição. "O Lula, sem dúvida nenhuma, será candidato. Ele se tornou prisioneiro do PT, que se conforma em fazer mais alguns deputados, mais alguns senadores e um governo aqui, outro ali. O PT joga em uma visão hegemônica, que ele venha ascender tendo o governo sob o seu controle exclusivo. É uma visão idealista. Quando chegar a essa altura, o conservadorismo e as forças internacionais irão dar o golpe nas instituições democráticas."
O pedetista ainda acrescentou que, por outro lado, "o PT também é prisioneiro da candidatura Lula", porque "não tem outro" nome capaz de "atender ao objetivo de eleger mais deputados, mais senadores".


Texto Anterior: Outro lado: Organizadores dizem que ONGs patrocinam mais
Próximo Texto: Governo: Itens polêmicos estão fora de MP, diz AGU
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.