DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O MST dá início hoje, em Sarandi (333 km de Porto Alegre), ao seu encontro nacional. Segundo a direção, 1.300 delegados de 24 Estados vão deliberar sobre os rumos do movimento nos próximos anos. A atmosfera do encontro, que termina no dia 24, deve ser permeada por um tom crítico ao governo Lula. Entre 2003 e 2007, o governo diz ter assentado 448,9 mil famílias -menos que a meta de 540 mil.
Uma das cobranças do MST é a atualização dos índices de produtividade usados nas vistorias de fazendas passíveis de desapropriação. Em vigor desde 1975, apesar dos ganhos de produtividade no período, os atuais índices defasados são um complicador para a desapropriação de imóveis improdutivos.
O MST também espera reafirmar sua oposição ao modelo de produção baseado em grandes extensões de terra. "A reforma agrária saiu da pauta porque se criou a ilusão de que todos os nossos problemas seriam resolvidos com o agronegócio, o que se mostrou falso", diz João Paulo Rodrigues, da direção do MST. (GRACILIANO ROCHA)


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