São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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SENADO

Diretor institui "lei do silêncio" entre servidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o objetivo de evitar desgaste em ano de eleição, o Senado instituiu uma "lei do silêncio" para tentar evitar que servidores apontem irregularidades na gestão administrativa da Casa.
Na sexta-feira, o diretor-geral Haroldo Tajra assinou uma portaria criando uma comissão de sindicância formada por seis policiais legislativos para apurar a "divulgação de informações administrativas não autorizadas".
O diretor-geral foi indicado para o cargo pelo primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), responsável pela área administrativa.
No fim do ano passado, ele articulou a tentativa de aprovar a reforma administrativa da Casa, que prevê a subordinação direta da Polícia do Senado à Primeira-Secretaria.
A sindicância criada na sexta funcionará como uma espécie de inquérito policial, pois contará com seis integrantes. Isso contraria o Regime Jurídico do Servidor (lei nº 8.112/ 1990), que determina que uma sindicância seja formada por três membros.
A decisão foi tomada após um início de ano com reportagens que mostraram o pagamento superfaturado de rescisões trabalhistas e a divulgação de ato autorizando o uso de créditos de passagens aéreas de 2009 em 2010. Em 2009, o Senado foi alvo de denúncias sobre desvios administrativos.
Anteontem à noite, ao ser questionado sobre a sindicância criada por Tajra, Heráclito não quis dar esclarecimentos, afirmando que trataria do assunto após regressar a Brasília. (ADRIANO CEOLIN)

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