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SENADO
Diretor institui "lei do silêncio" entre servidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o objetivo de evitar
desgaste em ano de eleição, o Senado instituiu
uma "lei do silêncio" para
tentar evitar que servidores apontem irregularidades na gestão administrativa da Casa.
Na sexta-feira, o diretor-geral Haroldo Tajra
assinou uma portaria
criando uma comissão de
sindicância formada por
seis policiais legislativos
para apurar a "divulgação
de informações administrativas não autorizadas".
O diretor-geral foi indicado para o cargo pelo primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes
(DEM-PI), responsável
pela área administrativa.
No fim do ano passado,
ele articulou a tentativa de
aprovar a reforma administrativa da Casa, que
prevê a subordinação direta da Polícia do Senado à
Primeira-Secretaria.
A sindicância criada na
sexta funcionará como
uma espécie de inquérito
policial, pois contará com
seis integrantes. Isso contraria o Regime Jurídico
do Servidor (lei nº 8.112/
1990), que determina que
uma sindicância seja formada por três membros.
A decisão foi tomada
após um início de ano com
reportagens que mostraram o pagamento superfaturado de rescisões trabalhistas e a divulgação de
ato autorizando o uso de
créditos de passagens aéreas de 2009 em 2010. Em
2009, o Senado foi alvo de
denúncias sobre desvios
administrativos.
Anteontem à noite, ao
ser questionado sobre a
sindicância criada por Tajra, Heráclito não quis dar
esclarecimentos, afirmando que trataria do assunto
após regressar a Brasília.
(ADRIANO CEOLIN)
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