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Acusado de operar esquema se cala ao depor à PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Marcelo Toledo, acusado de
ser um dos operadores da distribuição de propinas no esquema que ficou conhecido como
mensalão do DEM, se recusou
ontem a responder às perguntas da Polícia Federal, mas não
descartou a possibilidade de
aceitar delação premiada.
Com um habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, Toledo
preferiu não responder. Segundo seu advogado, Raul Livino,
não foi dado aos investigados
acesso à integra do processo.
"Não tem como dar um depoimento se não sabemos qual é
exatamente a acusação. Está
tudo muito cinzento", disse.
O advogado levantou a possibilidade da delação premiada.
Ou seja, Toledo contaria toda a
verdade em troca de benefícios
com a Justiça. "Não está descartada essa possibilidade. Pode ser que ele tenha muito a falar. Nossa preocupação é a liberdade dele", afirmou.
O depoimento de Fábio Simão, que foi chefe de gabinete
do governador José Roberto
Arruda (sem partido), também
estava marcado para ontem.
Mas Simão conseguiu adiar seu
depoimento, sob o argumento
de que só conseguiu constituir
advogado anteontem.
O ex-chefe de gabinete também alegou que sua defesa ainda não teve acesso ao inquérito.
Ele é investigado por ser um
dos possíveis beneficiados com
o esquema de distribuição de
propinas.
(FILIPE COUTINHO)
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