São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Acusado de operar esquema se cala ao depor à PF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Marcelo Toledo, acusado de ser um dos operadores da distribuição de propinas no esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM, se recusou ontem a responder às perguntas da Polícia Federal, mas não descartou a possibilidade de aceitar delação premiada.
Com um habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, Toledo preferiu não responder. Segundo seu advogado, Raul Livino, não foi dado aos investigados acesso à integra do processo. "Não tem como dar um depoimento se não sabemos qual é exatamente a acusação. Está tudo muito cinzento", disse.
O advogado levantou a possibilidade da delação premiada. Ou seja, Toledo contaria toda a verdade em troca de benefícios com a Justiça. "Não está descartada essa possibilidade. Pode ser que ele tenha muito a falar. Nossa preocupação é a liberdade dele", afirmou.
O depoimento de Fábio Simão, que foi chefe de gabinete do governador José Roberto Arruda (sem partido), também estava marcado para ontem. Mas Simão conseguiu adiar seu depoimento, sob o argumento de que só conseguiu constituir advogado anteontem.
O ex-chefe de gabinete também alegou que sua defesa ainda não teve acesso ao inquérito. Ele é investigado por ser um dos possíveis beneficiados com o esquema de distribuição de propinas. (FILIPE COUTINHO)

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