São Paulo, quarta, 20 de janeiro de 1999

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Roseana quer adiar reunião da oposição

da Reportagem Local

Articuladora da reunião de governadores aliados ao governo federal realizada na semana passada em São Luís (MA), Roseana Sarney (PFL-MA) pretende solicitar à oposição que adie seu próximo encontro, marcado para o dia 5.
Na avaliação de Roseana, que, assim como os outros aliados presentes ao ato de São Luís, foi convidada a participar da reunião, o encontro com representantes de todos os Estados deve ocorrer no dia 1º de março, em Aracaju (Sergipe), conforme acertado pelos governadores da situação.
"Seria um lugar neutro. A mulher do governador Albano Franco inclusive já trabalhou com o Itamar Franco (PMDB-MG)", disse.
O adiamento, de acordo com ela, deve ocorrer devido à conjuntura do país. "Acho (dia 5) precoce porque não sabemos como o mercado vai se comportar. Precisamos de uma análise mais correta."
A presença dos governadores de oposição no evento marcado pela situação foi discutida anteontem em Belo Horizonte (MG), durante ato que reuniu sete representantes de Estados comandados por políticos não alinhados ao Planalto.
A idéia foi rejeitada por Anthony Garotinho (PDT-RJ) sob o argumento de que, como minoria, a oposição teria de se submeter às regras impostas pelos aliados.
Convidada para o evento de Belo Horizonte, Roseana diz que não compareceu devido ao caráter político do encontro.
"Tinha outros compromissos agendados, mas o ato era estritamente de oposição, um movimento político. Não precisamos de uma reunião para a platéia, mas para resolver nossos problemas. E podemos dizer isso em relação ao que aconteceu aqui e lá", criticou.
A governadora não soube dizer se participará do encontro, caso ele seja mantido no dia 5. "Tenho problemas particulares que me impedem de dizer se vai ser possível. Mas não vejo problema se os outros forem. Vejo com simpatia."
Segundo Roseana, entre os assuntos que serão discutidos na próxima reunião dos aliados estão a necessidade de criação de mecanismos compensatórios para as perdas causadas pela Lei Kandir e o fim da guerra fiscal entre Estados. "Isso só prejudica a federação." (PATRICIA ZORZAN)



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