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SÃO PAULO
Decisão será do governador
Médicos proporão a Covas quimioterapia
da Reportagem Local
A equipe médica responsável pela remoção do tumor na bexiga do
governador de São Paulo, Mário
Covas (PSDB), 68, deverá propor,
na sexta-feira, a realização de uma
quimioprofilaxia (injeção de drogas por via venal para evitar o surgimento de células cancerosas).
A proposta será feita após uma
reunião com os oncologistas (especialistas em câncer) Howard
Scher e Dean Paggore, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York (EUA). Eles vão
avaliar pessoalmente o governador e indicar a melhor forma de
tratamento a ser utilizado.
A decisão final, porém, será tomada pelo próprio Covas. "Até
agora ele aceitou tudo que propusemos", disse o urologista Sami
Arap, que comandou a cirurgia.
O infectologista David Uip, médico particular de Covas, também
é favorável à quimioprofilaxia.
Segundo ele, três variáveis vão
pesar na decisão médica: Covas é
cardiopata (as drogas usadas na
quimioprofilaxia atuam no coração, rins e medula), sofre de infecções repetitivas (os medicamentos
inibem a formação de anticorpos
e, portanto, facilitam o surgimento
de infecções) e está em uma idade
de risco (68 anos).
Os exames feitos até agora mostram que o tumor não se espalhou,
mas existe a possibilidade de reaparecimento do câncer até cinco
anos após a cirurgia.
²
Secretariado
A deputada federal eleita Luiza
Erundina (PSB) se encontrou com
Covas no começo da tarde de ontem. A assessoria de Covas não informou o teor da conversa, mas
Erundina é cotada para ocupar
uma secretaria da área social. O
presidente estadual do PSB, Pedro
Dallari, disse que desconhecia o
encontro, mas afirmou que Erundina é um "nome natural".
O secretário da Casa Civil, Fernando Leça, vai deixar o cargo nos
próximos dias para ocupar a superintendência do Sebrae (Serviço de
Apoio às Pequenas e Médias Empresas) em São Paulo. O cargo ficará provisoriamente vago.
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