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Outro lado
Pinho diz que espera exonerações em 90 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, disse ontem que o
arquivamento está sob uma
"condição resolutiva". Segundo
ele, se os parentes não forem
demitidos em 90 dias, como fixaram os próprios conselheiros
do Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público terá
"fundamentos mais fortes para
propor ações" contra eles.
"Nós arquivamos. Agora vamos verificar se os familiares
serão demitidos em 90 dias. Se
forem, não tem mais nada o que
fazer. Se a resolução for descumprida, aí sim nós teremos
um fundamento mais forte para a propositura da ação."
O prazo dos 90 dias termina
no dia 8 de abril.
Segundo Pinho, a concentração na Procuradoria Geral dos
quatro inquéritos movidos
contra conselheiros foi totalmente legal. "A designação para
cargos ou a nomeação é um ato
da presidência do TCE. O responsável pela investigação é o
procurador-geral."
Questionado sobre atos de
ex-presidentes, disse que também isso é atribuição dele.
Para Pinho, o nepotismo praticado pelos quatro conselheiros não causou prejuízo aos cofres públicos, pois todos os parentes efetivamente trabalham. "A única investigação
que continua é em relação ao
Bittencourt [presidente do
TCE] porque há uma acusação
de funcionários fantasmas,
além de outros fatos."
O procurador-geral disse que
o arquivamento não contradiz
com a campanha de combate ao
nepotismo, eleita como uma
das bandeiras da gestão dele.
"Isso vem ao encontro da decisão do Ministério Público de
combater o nepotismo porque
o tribunal de contas publicou
uma resolução vetando a prática. Se disseram que vão demitir
em 90 dias, não há razão alguma de propor uma ação civil."
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