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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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PREVIDÊNCIA

Categoria acusa acordo com FMI para aprovar PL-9

Professores universitários podem entrar em greve contra reforma

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O compromisso assumido pelo governo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) de aprovar novas regras para a aposentadoria dos novos funcionários públicos poderá levar os professores das universidades federais à greve. Um indicativo de paralisação foi aprovado no último congresso do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). "Há um sentimento de traição, de revolta", disse o presidente da entidade, Luiz Carlos Lucas. O Andes representa cerca de 70 mil professores em mais de 50 instituições federais. A última greve dos professores durou quase quatro meses, em 2001.
O que anima uma nova paralisação é o fato de o governo ter dito aos funcionários públicos que ainda não havia uma posição definida sobre o projeto de lei (PL-9) que cria fundos de previdência para os servidores públicos ao mesmo tempo em que assumia o compromisso com o Fundo de aprovar a proposta no Congresso ainda neste semestre. Pelo formato da reforma da Previdência, o PL-9 só valeria para os novos funcionários, que perderiam direito à aposentadoria integral e receberiam da União até o teto dos aposentados pelo INSS. O projeto faz parte do pacote de medidas para equilibrar as contas da Previdência. Para os professores, trata-se de uma "perda irrecuperável".


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