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TCU convoca TRT
de SP para falar
de irregularidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O TCU (Tribunal de Contas da
União) detectou indícios de irregularidades na etapa final da obra
do Fórum Trabalhista de São Paulo e decidiu convocar a presidente
do TRT-SP (Tribunal Regional do
Trabalho de São Paulo), Maria
Aparecida Pellegrina, para esclarecer se houve superfaturamento.
Apuração do TCU, em fevereiro
último, indicou que o custo de diversos serviços superou o valor
médio praticado no mercado.
Outra possível irregularidade é
que a construtora OAS, responsável pela obra, quer elevar o valor
do contrato de R$ 685,6 mil para
R$ 1,373 milhão. A inauguração
do prédio deve ser no dia 26.
Foram convocados ainda dois
técnicos do Banco do Brasil que
supervisionaram a obra, para falarem sobre erro no cálculo das
escavações, que, segundo o TCU,
foram superdimensionadas em
120%. Se quiser, a OAS também
poderá dar explicações ao órgão.
A obra ficou temporariamente
paralisada depois de investigações do Ministério Público Federal e da CPI do Judiciário que revelaram o desvio de R$ 169 milhões dos cofres públicos. O juiz
aposentado Nicolau dos Santos
Neto foi condenado à prisão por
ter promovido os desvios.
Pellegrina afirmou ontem que o
TCU não fez uma convocação a
ela, e sim uma "determinação de
audiência" entre o TRT-SP, o
Banco do Brasil e a OAS para que
alguns "equívocos" na prestação
de contas fossem resolvidos. A
juíza negou o superfaturamento.
Pellegrina explicou que técnicos
do Banco do Brasil fizeram uma
subavaliação da quantidade de lama que precisaria ser retirada do
terreno do prédio. No momento
de retirar o material, segundo a
juíza, havia mais do que o calculado. Por isso, Pellegrina diz que o
gasto foi maior do que o previsto.
A Folha entrou em contato com
a OAS, mas não houve retorno.
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