São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 2006

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PFL tem tempo "suficiente", diz Bornhausen

CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse ontem que seu partido tem "tempo suficiente" para decidir se fará ou não aliança com o PSDB para disputar a Presidência.
"Temos de examinar duas hipóteses: se é melhor lançarmos candidato próprio ou nos aliarmos", afirmou o senador, após almoço com o governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência e defensor da aliança. De acordo com ele, a definição só deverá se consolidar em abril.
Bornhausen afirmou que o PFL "não deverá pôr obstáculos à concretização de uma aliança com o PSDB". Porém, declarou que seu partido vai esperar por uma decisão do prefeito do Rio, Cesar Maia, que no ano passado se lançou pré-candidato do PFL.
Bornhausen e Maia conversaram na semana passada, e o prefeito ficou de dar uma resposta se mantinha ou retirava a pré-candidatura até o fim do mês.
Para Bornhausen, "ainda é cedo" para se falar em nomes para ocupar a possível vaga de vice na chapa dos tucanos. "O PFL tem vários nomes." O senador disse que irá ouvir todas as lideranças de seu partido e depois voltará a conversar com os tucanos.
O partido também quer resolver problemas com o PSDB em dez Estados, onde a sigla pretende lançar candidatos próprios -e o PSDB também.
"É muito melhor firmar uma coligação com todos os problemas nos Estados equacionados do que resolvê-los depois da união", analisou Bornhausen, que negou que seu partido esteja pressionando o PSDB. "Não podemos fazer uma conversa com qualquer tipo de imposição. Tem de ser uma análise de cada caso."
Alckmin disse que vai se esforçar "muito" para fazer a aliança com o PFL. "O Brasil não tem um quadro multipartidário, e aliança se faz em torno de projetos."
O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, João Carlos de Souza Meirelles, um dos coordenadores da campanha de Alckmin, disse que o partido também buscará apoio de outras legendas, se não para já, para um eventual segundo turno. Citou, por exemplo, o PPS e PDT. Mas defendeu como "natural" a coligação com o PFL.


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