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"Escória" não cabe na aliança PSDB-PT, diz Ciro
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O deputado federal e presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou que na aliança
PSDB-PT que se busca formar
em Belo Horizonte não haverá
espaço para a "escória política",
definida por ele como grupos fisiológicos e interesseiros da política nacional a que os tucanos
se aliaram no governo FHC e os
petistas no governo Lula.
Ciro ainda disse que, se o PT
de Belo Horizonte aprovar a
aliança, a direção nacional da
sigla não deveria impedi-la.
"Seria um ato de hostilidade incompreensível que, suponho,
não acontecerá", afirmou.
Ele justifica a aprovação pelo
fato de haver a possibilidade de
um nome do PSB representar a
coalizão com candidato a prefeito da capital. Ciro tratou a
tentativa de aliança como um
"processo de reconciliação histórica" que está acontecendo.
"Aqui o que eu vejo é que a escória da política não tem espaço. A hegemonia moral e intelectual que preside esse movimento que Minas está fazendo
é tão eloqüente e importante
que a escória da política deve
estar apavorada com isso."
Para ele, PSDB e PT "representam com mais eloqüência a
modernidade, com todas as
suas contradições", têm "vizinhança socioeconômica", mas
a "disputa paroquial dos políticos de São Paulo" contamina a
política nacional. Por isso, o
PSDB na gestão FHC foi "obrigado a se confraternizar com a
escória da política brasileira".
Depois, disse Ciro, o PSDB
"travou o diálogo" no governo
Lula, que também "está obrigado a confraternizar com uma
parte da escória da política".
Ciro não quis nomear a "escória", mas deu suas características: "Eu me refiro a todos os
setores que põem o interesse
público de lado e negociam fisiologicamente frações de poder, de cargos, de emendas, de
safadeza e de ladroeira".
Suas declarações foram dadas ao lado do governador Aécio Neves, com quem teve encontro na noite de ontem para
tratar dessa aliança. Hoje ele
terá encontro com o prefeito da
capital mineira, Fernando Pimentel (PT).
(PP)
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