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CASOS RECORRENTES
Casa instalou TV para coibir abusos em 92
Prática de votação dupla é comum
da Redação
Não é novidade. Em 1985 Homero Santos e Ronan Tito. Em 1988,
Edison Lobão. Em 1991, Nilton
Gomes, o Nilton "Baiano". A
prática de parlamentares pianistas, vira e mexe, é flagrada ou denunciada.
Homero Santos (PFL-MG),
nomeado ano passado para o
Tribunal de Contas da União, foi
considerado o primeiro "pianista" da história do Parlamento.
Foi flagrado tocando o piano em
lugar de um colega ausente. Disse: "Eu, votando duas vezes? Uai,
só se foi alguma brincadeira".
Na votação pela Câmara dos
Deputados do projeto de regulamentação das eleições municipais de 85, Ronan Tito
(PMDB-MG) também foi pego
como "pianista".
Na época, afirmou que votou
por outro deputado, "que precisou se ausentar do plenário por
alguns instantes".
A dupla votação valeu aos dois
censura por escrito da Mesa Diretora da Câmara.
Em 88, durante o Congresso
Constituinte, o senador Edison
Lobão (PFL-MA) foi acusado,
sem comprovação, de votar no
lugar do deputado também maranhense Sarney Filho (PFL),
que estava em seu Estado no dia
da votação.
Em janeiro de 91, o deputado
Lael Varella (PFL-MG) denunciou que alguém votou em seu
lugar. Houve registro de seu voto, mas ele estava ausente da Câmara naquele dia.
Em dezembro de 91, a Câmara
abriu investigação para apurar
se o deputado Nilton Gomes, o
Nilton "Baiano" , votou em lugar
de João Batista Motta
(PSDB-ES). O plenário da Câmara rejeitou a punição aos dois.
Em 92, a Câmara decidiu instalar TV para fiscalizar as votações
e inibir que uns votassem pelos
outros. A sessão de anteontem
mostrou que a prática continua.
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