RICARDO GALHARDO
da Folha Campinas


O pré-candidato a governador Paulo Maluf (PPB) disse ontem, em Piracicaba (170 km de São Paulo), que vai dar carros populares aos jogadores e à comissão técnica da seleção caso o Brasil vença a Copa do Mundo de futebol em junho/julho.
"Essa é uma tradição minha desde 70", disse Maluf à Folha, negando que a iniciativa seja parte da campanha eleitoral para o governo de São Paulo.
Em 70, quando exercia pela primeira vez o cargo de prefeito de São Paulo, Maluf doou 25 Fuscas aos jogadores e comissão técnica dos tricampeões mundias.
Em 1981, o STF (Supremo Tribunal Federal) condenou Maluf a devolver o dinheiro público gasto. Em 1995, o mesmo STF anulou a sentença -Maluf alegava que a doação foi feita com base em uma lei municipal que não era inconstitucional.
Em 94, ele voltou a dar veículos populares aos jogadores tetracampeões do mundo.
Na época, Maluf comprou um Gol 1.000 com o próprio dinheiro e convenceu empresários a comprar outros 24 automóveis.
"Este ano vou fazer a mesma coisa. Compro um carro popular de mil cilindradas e convenço outros 24 empresários", disse o pré-candidato.
Maluf ainda não definiu a marca do veículo, mas, se seguir a tradição, deverá optar pelo Gol, da Volkswagen.
"Se trouxerem o caneco não vão ficar sem o seu Gol 1.000, mesmo que eu seja processado novamente", disse o pepebista em entrevista à rádio Jovem Pan AM de Piracicaba.
Maluf aproveitou para mandar um recado ao técnico da seleção, Mário Jorge Lobo Zagallo.
"Meu ataque dos sonhos é Ronaldinho, Romário e Edmundo, apesar das loucuras dele", disse.
Na decisão de 95, o ex-prefeito foi autorizado a sacar o dinheiro que havia sido depositado em juízo desde que foi proferida a primeira sentença pelo STF.
Coligações
Maluf disse em Americana (133 km de São Paulo) que o candidato a vice-governador de sua chapa será indicado pelo PFL.
Ele citou como possíveis candidatos a vice o senador Romeu Tuma, o secretário municipal do Planejamento de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, o presidente estadual do PFL, Cláudio Lembo, e o ministro da Coordenação Política, Luiz Carlos Santos, todos do PFL.
O pré-candidato negou ainda a existência de divergências no PFL sobre o apoio ao PPB.



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