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PSB diz que vai manter Garotinho
RENATA GIRALDI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O pré-candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, disse
ontem que manterá sua candidatura, mesmo com a perspectiva de
que a verticalização das alianças,
mantida pelo Supremo Tribunal
Federal, possa vir a prejudicá-lo.
A decisão de manter a candidatura de Garotinho foi tomada pela
cúpula do PSB após duas reuniões
-anteontem à noite e ontem pela
manhã. A direção do partido concluiu que sua desistência diminuiria as chances dos candidatos do
partido nos Estados -em alguns
casos ao governo, em outros à Câmara dos Deputados e ao Senado.
Serra
Para Garotinho, a candidatura
que está com os dias contados é a
do pré-candidato tucano ao Planalto, José Serra: "Se alguma candidatura está sendo sepultada é a
do governo, e pelo povo. Ele [Serra" é o candidato que vem caindo
nas pesquisas e quem está sepultando não é o tribunal, é o povo".
Para referendar a posição do
PSB, foi divulgada uma nota oficial. O partido calcula que elegerá
de 32 a 53 deputados federais.
O PSB espera ganhar mais tempo na TV, pois trabalha com a expectativa de que PFL, PPB e PL
não deverão lançar candidatos ao
Planalto. Além disso, Garotinho
fez acordos com nove partidos
nanicos: PAN, PGT, PTN, PTC,
PRT, PT do B, PSD, PSC e PST.
Evitando atacar o petista Luiz
Inácio Lula da Silva, que se transformou no seu principal alvo nos
últimos dias, o ex-governador do
Rio negou a possibilidade de se
aliar ao PT ainda no primeiro turno: "Sem chance. No segundo
turno, ele [Lula" dará o voto que
me deve".
O presidente do PSB, Miguel
Arraes, que 20 dias atrás conversou com o presidente do PT, José
Dirceu, disse "estar disponível"
para novos encontros, mas negou
que tenha sido "procurado formalmente" pelos petistas.
Antes de anunciarem a decisão
oficial, Arraes e Garotinho se reuniram por uma hora, em Brasília.
Decidiram que as viagens pelo interior do país devem ser intensificadas e evitadas polêmicas, especialmente com quem possa representar alianças regionais.
A estratégia começou ontem
mesmo. Apesar de o deputado estadual Sérgio Cabral (PMDB-RJ)
anunciar seu apoio à candidatura
Garotinho e de sua mulher, Rosângela Matheus, ao governo do
Rio, não conseguiu a contrapartida. "Podemos retribuir", disse o
ex-governador, em tom contido.
Em sua passagem por Brasília,
Garotinho conversou com o presidente do PST, Marcílio Duarte,
nomeando-o coordenador dos
pequenos partidos. O encontro
durou menos de meia hora.
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