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Tucano vai a Minas para dissipar boatos de que Aécio apóia Itamar
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Minas Gerais entrou na lista das
próximas viagens do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin. A
visita deve ocorrer entre os dias 4
e 5 de maio para dissipar rumores
de que o governador tucano Aécio Neves, que elogiou recentemente Itamar Franco, pré-candidato do PMDB, estaria "acendendo velas para dois santos".
O comando da campanha tucana também estuda a possibilidade
de que a convenção nacional do
PSDB, que vai ratificar o nome de
Alckmin, seja em Belo Horizonte.
Além de afastar a idéia de cristiniazação do tucano, a intenção é
neutralizar o efeito negativo que a
candidatura de Itamar pode ter
sobre as intenções de voto de
Alckmin no Estado. Ontem, em
suas conversas, Alckmin manifestou preocupação com o PMDB
-"Alguém sabe o resultado da
reunião do PMDB?"- e procurou caciques do partido, como
Michel Temer e Orestes Quércia.
Um dia após conclamar o "enfrentamento ao PT" em jantar
com deputados do PFL, Alckmin,
se lançou na ofensiva contra Luiz
Inácio Lula da Silva. Atendendo a
orientações dos aliados, Alckmin
criticou duramente o PT e o governo federal. Ao comentar propaganda petista em rádio e TV,
acusou Lula e o partido de mergulharem num "mar de ilegalidade".
Nela, o PT compara números
das gestões Lula e FHC. O PSDB
entrou com representação para
que ela seja suspensa, por ser
"campanha eleitoral fora de época". "O que estamos vendo é um
mau início do PT e do Lula. Nem
começou a campanha, é um mar
de ilegalidade", afirmou o tucano.
O ex-governador tergiversou ao
responder se está disposto a defender Fernando Henrique de
possíveis ataques ao longo da
campanha. Para ele, "é até um
equívoco ficar olhando para trás".
Ele disse que não é a comparação
de números que está em jogo.
"Depois que tiver convenção, pode fazer campanha com tranqüilidade. Pode fazer comparação. Se
forem injustos, incorretos, é claro,
nós vamos defender [FHC]".
Na véspera, num jantar com a
bancada do PFL, Alckmin já tinha
prometido subir o tom: "Seremos
duros com os nossos adversários.
Seremos duros com o PT. Em São
Paulo, crescemos com o enfrentamento ao PT. Quem gosta do PT
está ali, quem não gosta, aqui".
O jantar, oferecido pelo deputado Osório Adriano (PFL-DF) a
pedido do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), visava aproximar o pré-candidato
dos parlamentares pefelistas e
romper a resistência de parte da
bancada que preferia José Serra.
O discurso mais ácido também
contempla uma reivindicação dos
líderes de oposição no Congresso,
que avaliam que é hora de subir o
tom em relação a Lula. Ontem, ele
voltou a disparar contra a condução da economia e chamou a política fiscal de "frouxa".
(CS e SN)
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