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Outro lado
Cota é usada por critério pessoal, dizem deputados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Nazareno
Fonteles (PT-PI) negou ter
pedido passagens aéreas para o exterior e não reconheceu os nomes das cinco pessoas que aparecem como beneficiárias de sua cota pessoal. "Nunca autorizei passagens internacionais em meu
gabinete. Vou encaminhar
nesta segunda-feira [hoje]
um requerimento para que
isso seja investigado", disse.
O deputado Fernando Coruja (PPS-SC) também negou ter autorizado a emissão
de passagens aéreas para
quatro pessoas viajarem para Miami (EUA). "Não conheço esses nomes, mas vou
querer uma investigação",
afirmou o parlamentar.
Coruja, porém, reconheceu o uso de bilhetes da Câmara para viagens de amigos
e familiares a Buenos Aires e
Paris, em 2007. "Aproveitei
os créditos que tinha", disse.
Além de ter cedido parte
de sua cota para a filha e para
a mulher irem para o exterior, o deputado Dagoberto
Nogueira (PDT-MS) autorizou a emissão de bilhetes para o chefe de gabinete dele,
Sérgio Vieira, e a mulher,
Sandra Vieira, visitarem Milão (Itália). "Mas eu não cometi nenhuma ilegalidade, já
que era permitido", disse.
O regimento da Câmara
era omisso em relação ao uso
de bilhetes por terceiros para
viagens ao exterior. Nas novas normas anunciadas na
semana passada, não há referência a esses trajetos.
O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) confirmou que
usou sua cota de passagem
para levar a mulher e o filho a
Miami em 2007. Ele, entretanto, negou-se a contar o
motivo da viagem e questionou a origem da informação.
"É uma informação privada.
Acho que isso não está correto. Não deveria estar na sua
mão, mas já que está eu vou
dizer a mesma resposta que
todos os outros [deputados]
deram: o uso da passagem é
critério do deputado."
A Folha não localizou os
deputados Waldir Maranhão
(PP-MA), Marcelo Melo
(PMDB-GO) e Ruy Pauletti
(PSDB-RS).
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