São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009

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Estado vive acirramento fundiário

DO ENVIADO A XINGUARA (PA)

Palco histórico de conflitos, por conta de grilagem, desmatamento e auge e queda do garimpo, o Pará vive hoje um acirramento fundiário. O Estado, uma das principais fronteiras agropecuárias do país, é alvo da cobiça de grandes grupos, o que torna cada vez mais escassas as áreas passíveis de desapropriação para reforma agrária.
O efeito prático disso é o aumento (ou a manutenção) dos acampamentos. Os movimentos, em especial o MST, cientes da "nova realidade", mudaram a tática.
Seus inimigos não são mais os fazendeiros que mantêm os latifúndios improdutivos. O alvo, agora, são grandes empresas que investem na agropecuária.
O conflito de anteontem é apenas mais um, numa extensa lista acumulada nos últimos 30 anos. O mais conhecido ocorreu 13 anos atrás, em Eldorado do Carajás. Em 17 de abril de 1996, 19 sem-terra ligados ao MST foram assassinados por policiais militares, numa ação para desobstruir uma rodovia. Ninguém está preso.


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