São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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Racha no PDT dificulta CPI para investigar Yeda

Sem 3 pedetistas, apoio chega a 15 deputados; CPI precisa de 19

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Um racha no PDT, dono da segunda maior bancada de oposição na Assembleia do Rio Grande do Sul, dificultou a criação de uma CPI para investigar o envolvimento da governadora Yeda Crusius (PSDB) com suposta prática de corrupção.
Dos seis deputados da sigla, três anunciaram que assinarão o requerimento. Os outros dizem ser contra.
Com isso, se três assinarem nos próximos dias, sobe para 15 o número de apoiadores angariado pelo PT desde a semana passada (nove do PT; dois do PSB; e um do PC do B). Para abrir a CPI, é necessária a adesão de 19 dos 55 deputados.
A articulação governista para rachar o PDT usou prefeitos da sigla alinhados com Yeda, que pediram aos deputados que não apoiassem a CPI. "Uma CPI agora paralisaria o Estado, e não vejo nela uma possibilidade profunda de investigar", disse o pedetista Giovani Cherini.
A governadora enfrenta denúncias de que parte do dinheiro usado para comprar uma casa em Porto Alegre tenha saído de um suposto caixa dois da campanha de 2006.
Yeda sempre negou irregularidades e diz que foi inocentada pelo Ministério Público Estadual, que arquivou o caso.
O PMDB -que tem como pré-candidatos o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, e o ex-governador Germano Rigotto- é contra a CPI por vislumbrar que a comissão fortaleceria o ministro Tarso Genro (Justiça), pré-candidato do PT.
(GRACILIANO ROCHA)


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