São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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QUESTÃO AGRÁRIA

Agricultores protestam em 12 Estados por melhoria no campo

DA AGÊNCIA FOLHA

Trabalhadores rurais realizaram protestos em 12 Estados por melhorias nas condições de trabalho no campo. Houve bloqueios de rodovias e manifestações em frente a bancos e órgãos de governos.
O MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) organizou a jornada, que contou com o apoio do MST e da Via Campesina. Os manifestantes pedem crédito para a produção de alimentos, regularização fundiária, melhoria na infraestrutura do trabalho e moradia. Neste ano, incluíram na pauta a questão das enchentes no Nordeste e a seca no Sul.
Houve atos, diz o MPA, em Espírito Santo, Paraná, Rondônia, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Alagoas.
No Rio Grande do Sul, a polícia disse que houve bloqueios de rodovias e pontes em quatro pontos do Estado. Cerca de 1.500 pessoas, segundo o movimento, saíram de Guaíba em direção a Porto Alegre, onde devem realizar ato hoje. Em São Borja, na BR-285, houve bloqueio da ponte na fronteira com a Argentina. Em Iraí e Vacaria, houve bloqueio de rodovia.
Em Araçuaí, na região do Vale do Jequitinhonha (MG), agricultores fizeram protestos em frente à agência do Banco do Brasil.
No Espírito Santo, cerca de 1.500 agricultores, de 28 cidades, percorreram as ruas de Vitória e foram recebidos pelo governo estadual.
No Paraná, uma marcha com 400 integrantes do MST e da Via Campesina segue em direção a Curitiba. A previsão é que cheguem no dia 4.
Em Goiás, a polícia informou que agricultores e sem-terra bloquearam a BR-153 pela manhã, entre Uruaçu e Campinorte. Em Rondônia, integrantes do MPA foram recebidos por secretários estaduais em Porto Velho.
Na Bahia, o MPA protestou em Vitória da Conquista. Também foram feitas marchas em Ponto Novo e Bonfim. Em Pernambuco, houve atos no sertão do Araripe.
Em Serrana (SP), 72 famílias do MST desocuparam uma área da fazenda Martinópolis. Cerca de 120 PMs acompanharam a retirada. Sem-terra reivindicam o local sob a justificativa de que a Martinópolis tem dívida com o governo que ultrapassa o valor de sua área. O advogado disse que questionamentos devem ser feitos à Justiça.


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