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PROTESTO
Índios entram em confronto com segurança da Câmara
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Seguranças da Câmara dos
Deputados e um grupo de índios entraram em confronto
ontem após a tentativa dos
indígenas de entrarem no
plenário da Casa.
O grupo reivindicava a mudança de um decreto editado
pelo presidente Lula que
reestruturou a Fundação
Nacional do Índio.
O diretor do departamento de polícia judiciária da Câmara, Antonio Carlos de
Abreu, afirmou que os indígenas estavam armados e foram truculentos. "Eles queriam espancar os seguranças", disse. O segurança teve
sua camisa rasgada durante a
troca de agressões.
De acordo com o líder indígena Antoê, o movimento foi
"pacífico" e os manifestantes
chegaram a deixar os armamentos que portavam, como
arco e flecha, após acordo
com a Segurança da Câmara.
Ele afirmou que vários indígenas foram agredidos, entre
eles, um homem de 80 anos.
A agressão a um idoso não
foi negada pelo diretor da polícia judiciária. "No meio do
empurra-empurra ninguém
pergunta a idade."
Após o confronto, um grupo se encontrou com o presidente em exercício da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Eles pediram, entre outras
reivindicações, a saída do
presidente da Funai, Márcio
Meira, e a rejeição da criação
do Conselho Nacional de Política Indigenista. À noite, os
indígenas obtiveram uma vitória ao verem rejeitada pelos deputados a criação do
conselho, que deliberaria sobre as prioridades para a política do setor.
(NANCY DUTRA)
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