São Paulo, quarta-feira, 20 de junho de 2007

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Mangabeira toma posse com elogios a Lula

PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse ontem, no Palácio do Planalto, ao secretário de Planejamento de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, que em 2005 pediu seu impeachment e disse que ele era "avesso ao trabalho e ao estudo" e liderava o governo mais "corrupto da nossa história".
Em seu discurso, Mangabeira elogiou a "magnanimidade" de Lula por nomeá-lo após as críticas. "Critiquei com veemência e combati com ardor", disse ele, que citou duas motivações para a "magnanimidade" de Lula: "grandeza interna" e "preocupação com o futuro".
A cerimônia de posse durou menos de uma hora e estava esvaziada -já na terceira fileira havia várias cadeiras vagas. Poucos políticos apareceram, e a platéia era formada basicamente por técnicos, dirigentes de áreas ligadas à nova secretaria e ex-alunos de Mangabeira na Universidade Harvard.
O filósofo fez um discurso empolgado com o futuro do país, em que elogiou o "momento mágico" e o "caldeirão de energia que fervilha" no Brasil: "O engrandecimento do Brasil soará em todos os recantos da Terra, como o grito de uma criança ao nascer, prometendo um novo começo para o mundo. Presos a seus afazeres, ansiosos para esquecer que morrerão, homens e mulheres pararão por um instante, perturbados por esperança inesperada. Ouvirão nesse grito a profecia do casamento da pujança e da ternura", disse o professor.
Lula não citou as críticas de Mangabeira: só disse que sua função é "colocar a sua inteligência a serviço de outras inteligências" e "despertar parcelas adormecidas da sociedade".


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