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ELEIÇÕES 2006/DATAFOLHA - SÃO PAULO
Serra cai 4 pontos, mas ainda vence com folga no 1º turno
Tucano ganharia hoje com 61% dos votos válidos na disputa pelo governo paulista
Mercadante fica estável em 15% e já sofre maior pressão de Quércia, que oscilou
dois pontos e atingiu 11% das intenções de voto em SP
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito de São Paulo
José Serra (PSDB) perdeu quatro pontos percentuais em relação à pesquisa Datafolha de intenção de voto para o governo
de São Paulo realizada em maio
passado, mas ainda venceria
com certa folga no primeiro
turno se a eleição fosse hoje, segundo levantamento do instituto divulgado ontem.
O tucano caiu de 52% para os
atuais 48%, revela a pesquisa,
realizada entre as últimas segunda e terça-feira. O levantamento foi feito uma semana
após os novos atentados da facção criminosa PCC no Estado.
Aloizio Mercadante (PT)
permanece na segunda colocação, estacionado nos 15% apresentados em maio, mas agora é
seguido mais de perto pelo ex-governador Orestes Quércia
(PMDB), que oscilou positivamente de 9% para 11%.
O crescimento do peemedebista o deixou empatado com
Mercadante no limite da margem de erro, de dois pontos
percentuais para mais ou para
menos. O empate, porém, é estatisticamente improvável.
A diferença de Serra para
seus adversários diretos, ainda
muito grande, diminuiu nos últimos três meses, sete pontos
percentuais em relação a abril.
Ainda assim, Serra teria hoje
61% dos votos válidos (desconsiderados os brancos e nulos) e
ganharia no primeiro turno, se
a eleição fosse hoje.
O Datafolha ouviu 1.910 eleitores em 56 cidades.
A pesquisa mostra ainda que
há uma maior identificação entre os eleitores de Serra e os de
Geraldo Alckmin, candidato do
PSDB a presidente, do que entre os que votam nos petistas
Mercadante para o governo estadual e em Lula para o Planalto (leia texto nesta página).
Entre os que aprovam o desempenho de Gilberto Kassab
(PFL), sucessor de Serra na
Prefeitura de São Paulo desde
abril, o tucano chega a 67% das
intenções de voto.
Rejeição
Apesar do crescimento de
Quércia, o peemedebista ainda
apresenta a maior taxa de rejeição, 26%, seguido por Mercadante, 17%, e Serra, 16%.
O Datafolha também fez projeções de segundo turno: contra o petista, Serra venceria por
61% a 26%. Se seu adversário
fosse Quércia, o tucano teria
61% contra 23%.
No interior de São Paulo,
Serra passou de 57% das intenções de voto em maio para 49%
atuais, uma queda de oito pontos percentuais. Já seus adversários diretos cresceram fora
da capital: Mercadante oscilou
de 11% para 12%, e Quércia foi
de 9% para 12%.
Na capital, em relação à pesquisa anterior, Serra oscilou
dois pontos para baixo e está
com 43%. Já o petista caiu de
22% para 19%, na cidade de São
Paulo, e Orestes Quércia, que,
segundo seus aliados, pretende
concentrar sua campanha na
área metropolitana da Grande
São Paulo, foi de 9% para 10%.
A maior queda de Serra, porém, foi entre os eleitores com
idade entre 16 e 24 anos: 11 pontos percentuais, de 65% para
54%. Mercadante oscilou de
11% para 12%, e Quércia de 7%
para 9% nesse estrato.
Entre os eleitores com grau
de escolaridade superior, Serra
perdeu oito pontos percentuais, passando de 58% para
50%. Mercadante se manteve
com 22%. O candidato peemedebista oscilou de 5% para 2%.
Ainda segundo o Datafolha,
Carlos Apolinário (PDT), que
chegou a ter 5% em março, obtém hoje 2%. Anaí Caproni
(PCO), incluída pela primeira
vez, atinge 1% das intenções.
O votos brancos e nulos caíram de 11% para 10%, 11% afirmaram não saber em quem votar. Foram citados, mas não
atingiram 1%, os candidatos
Plínio de Arruda Sampaio
(PSOL), Cunha Lima (PSDC),
Mario Guide (PSB), Pedro Viviani (PMN), Roberto Siqueira
(PSL), Renato Reichmann
(Prona), Claudio de Mauro
(PV), Tarcísio Fóglio (PSC),
Fred Correa (PTN), Sarli Jr.
(PAN) e Éder Xavier (PTC).
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