São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2006

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ELEIÇÕES 2006/DATAFOLHA - SÃO PAULO

Serra cai 4 pontos, mas ainda vence com folga no 1º turno

Tucano ganharia hoje com 61% dos votos válidos na disputa pelo governo paulista

Mercadante fica estável em 15% e já sofre maior pressão de Quércia, que oscilou dois pontos e atingiu 11% das intenções de voto em SP


JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) perdeu quatro pontos percentuais em relação à pesquisa Datafolha de intenção de voto para o governo de São Paulo realizada em maio passado, mas ainda venceria com certa folga no primeiro turno se a eleição fosse hoje, segundo levantamento do instituto divulgado ontem.
O tucano caiu de 52% para os atuais 48%, revela a pesquisa, realizada entre as últimas segunda e terça-feira. O levantamento foi feito uma semana após os novos atentados da facção criminosa PCC no Estado.
Aloizio Mercadante (PT) permanece na segunda colocação, estacionado nos 15% apresentados em maio, mas agora é seguido mais de perto pelo ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que oscilou positivamente de 9% para 11%.
O crescimento do peemedebista o deixou empatado com Mercadante no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O empate, porém, é estatisticamente improvável.
A diferença de Serra para seus adversários diretos, ainda muito grande, diminuiu nos últimos três meses, sete pontos percentuais em relação a abril.
Ainda assim, Serra teria hoje 61% dos votos válidos (desconsiderados os brancos e nulos) e ganharia no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.
O Datafolha ouviu 1.910 eleitores em 56 cidades.
A pesquisa mostra ainda que há uma maior identificação entre os eleitores de Serra e os de Geraldo Alckmin, candidato do PSDB a presidente, do que entre os que votam nos petistas Mercadante para o governo estadual e em Lula para o Planalto (leia texto nesta página).
Entre os que aprovam o desempenho de Gilberto Kassab (PFL), sucessor de Serra na Prefeitura de São Paulo desde abril, o tucano chega a 67% das intenções de voto.

Rejeição
Apesar do crescimento de Quércia, o peemedebista ainda apresenta a maior taxa de rejeição, 26%, seguido por Mercadante, 17%, e Serra, 16%.
O Datafolha também fez projeções de segundo turno: contra o petista, Serra venceria por 61% a 26%. Se seu adversário fosse Quércia, o tucano teria 61% contra 23%.
No interior de São Paulo, Serra passou de 57% das intenções de voto em maio para 49% atuais, uma queda de oito pontos percentuais. Já seus adversários diretos cresceram fora da capital: Mercadante oscilou de 11% para 12%, e Quércia foi de 9% para 12%.
Na capital, em relação à pesquisa anterior, Serra oscilou dois pontos para baixo e está com 43%. Já o petista caiu de 22% para 19%, na cidade de São Paulo, e Orestes Quércia, que, segundo seus aliados, pretende concentrar sua campanha na área metropolitana da Grande São Paulo, foi de 9% para 10%.
A maior queda de Serra, porém, foi entre os eleitores com idade entre 16 e 24 anos: 11 pontos percentuais, de 65% para 54%. Mercadante oscilou de 11% para 12%, e Quércia de 7% para 9% nesse estrato.
Entre os eleitores com grau de escolaridade superior, Serra perdeu oito pontos percentuais, passando de 58% para 50%. Mercadante se manteve com 22%. O candidato peemedebista oscilou de 5% para 2%.
Ainda segundo o Datafolha, Carlos Apolinário (PDT), que chegou a ter 5% em março, obtém hoje 2%. Anaí Caproni (PCO), incluída pela primeira vez, atinge 1% das intenções.
O votos brancos e nulos caíram de 11% para 10%, 11% afirmaram não saber em quem votar. Foram citados, mas não atingiram 1%, os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Cunha Lima (PSDC), Mario Guide (PSB), Pedro Viviani (PMN), Roberto Siqueira (PSL), Renato Reichmann (Prona), Claudio de Mauro (PV), Tarcísio Fóglio (PSC), Fred Correa (PTN), Sarli Jr. (PAN) e Éder Xavier (PTC).


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