|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Alckmin inaugura comitê com bênção de padre e bate-boca
Evento teve discussão entre candidato do PFL ao governo do DF, que apóia tucano, e militantes de candidata do PSDB
Amir Lando (PMDB-RO), que foi ministro de Lula, teve de enfrentar uma saia justa para explicar apoio a tucano
após aliança em seu Estado
Lúcio Távora/Folha Imagem
|
Geraldo Alckmin (PSDB) saúda militantes durante inauguração de comitê central em Brasília |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ato de inauguração do comitê de Geraldo Alckmin
(PSDB) em Brasília começou
com a bênção de um padre, mas
acabou marcado pela "saia justa" envolvendo parlamentares
do PMDB e por uma discussão
entre o candidato do PFL ao governo do Distrito Federal, José
Roberto Arruda, e militantes
que apóiam a candidata rival, a
governadora Maria de Lourdes
Abadia, do PSDB.
A convite da mulher do senador José Jorge (PFL-PE), candidato a vice na chapa, o padre
Francisco da Silva Rocha, da
paróquia de Santa Rita, em Brasília, rezou ao lado do candidato tucano, cercado por Arruda e
Abadia. Ele disse ser eleitor de
Alckmin: "Voto pela afinidade
dele com o catolicismo".
Minutos depois, enquanto o
tucano se reunia a portas fechadas com o conselho político,
Arruda protagonizou um tenso
bate-boca com um militante da
candidatura de Abadia. O candidato do PFL deixou o comitê
afirmando ter sido agredido.
"Mas graças a Deus não reagi.
"Arrudinha" paz e amor não reage", disse ele.
Não foi a única "saia justa"
por diferenças entre a coligação
nacional e as alianças nos Estados. Ex-ministro de Lula, o senador Amir Lando (PMDB-RO) teve dificuldades para explicar seu apoio ao tucano. "Fechamos a coligação regional
com o PSDB. Mas longe de mágoa, fui um ministro indicado
por um partido."
Estratégia
Questionado se haveria uma
estratégia para que aliados seus
vinculassem o PT aos ataques
do PCC em São Paulo, Alckmin
disse ontem que é preciso uma
"investigação" para mostrar "a
origem" das ações criminosas.
Em campanha em Divinópolis (MG), ontem, o tucano afirmou que, se eleito, vai rever toda a legislação da área de segurança pública.
Aécio Neves, que tenta se
reeleger governador em Minas
Gerais, mostrou seu descontentamento com o tom de seus
partidários que tentaram vincular PT a PCC, mas criticou a
ausência de planejamento do
governo federal no campo da
segurança pública.
Questionado sobre o PT ter
criado um grupo para dissecar
as ações de Alckmin à frente do
governo de São Paulo, o tucano
disse que o partido rival está
atrasado e só faz isso porque está disputando uma eleição.
"Já devia ter feito antes. Levou quatro anos. Está atrasado", afirmou.
Texto Anterior: Comunista lidera disputa para o Senado Próximo Texto: Eleições 2006/Presidência: Protesto, ideologia e deboche explicariam ascensão de Heloísa Índice
|