São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

Alckmin inaugura comitê com bênção de padre e bate-boca

Evento teve discussão entre candidato do PFL ao governo do DF, que apóia tucano, e militantes de candidata do PSDB

Amir Lando (PMDB-RO), que foi ministro de Lula, teve de enfrentar uma saia justa para explicar apoio a tucano após aliança em seu Estado


Lúcio Távora/Folha Imagem
Geraldo Alckmin (PSDB) saúda militantes durante inauguração de comitê central em Brasília


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ato de inauguração do comitê de Geraldo Alckmin (PSDB) em Brasília começou com a bênção de um padre, mas acabou marcado pela "saia justa" envolvendo parlamentares do PMDB e por uma discussão entre o candidato do PFL ao governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e militantes que apóiam a candidata rival, a governadora Maria de Lourdes Abadia, do PSDB.
A convite da mulher do senador José Jorge (PFL-PE), candidato a vice na chapa, o padre Francisco da Silva Rocha, da paróquia de Santa Rita, em Brasília, rezou ao lado do candidato tucano, cercado por Arruda e Abadia. Ele disse ser eleitor de Alckmin: "Voto pela afinidade dele com o catolicismo".
Minutos depois, enquanto o tucano se reunia a portas fechadas com o conselho político, Arruda protagonizou um tenso bate-boca com um militante da candidatura de Abadia. O candidato do PFL deixou o comitê afirmando ter sido agredido. "Mas graças a Deus não reagi. "Arrudinha" paz e amor não reage", disse ele.
Não foi a única "saia justa" por diferenças entre a coligação nacional e as alianças nos Estados. Ex-ministro de Lula, o senador Amir Lando (PMDB-RO) teve dificuldades para explicar seu apoio ao tucano. "Fechamos a coligação regional com o PSDB. Mas longe de mágoa, fui um ministro indicado por um partido."

Estratégia
Questionado se haveria uma estratégia para que aliados seus vinculassem o PT aos ataques do PCC em São Paulo, Alckmin disse ontem que é preciso uma "investigação" para mostrar "a origem" das ações criminosas.
Em campanha em Divinópolis (MG), ontem, o tucano afirmou que, se eleito, vai rever toda a legislação da área de segurança pública.
Aécio Neves, que tenta se reeleger governador em Minas Gerais, mostrou seu descontentamento com o tom de seus partidários que tentaram vincular PT a PCC, mas criticou a ausência de planejamento do governo federal no campo da segurança pública.
Questionado sobre o PT ter criado um grupo para dissecar as ações de Alckmin à frente do governo de São Paulo, o tucano disse que o partido rival está atrasado e só faz isso porque está disputando uma eleição.
"Já devia ter feito antes. Levou quatro anos. Está atrasado", afirmou.


Texto Anterior: Comunista lidera disputa para o Senado
Próximo Texto: Eleições 2006/Presidência: Protesto, ideologia e deboche explicariam ascensão de Heloísa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.