DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de comunicação da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência afirma que não existem critérios políticos ou partidários na distribuição das verbas da União.
"A distribuição dos recursos segue orientação republicana no relacionamento com Estados e municípios e tem por objetivo potencializar os efeitos das políticas públicas."
Ainda de acordo com a secretaria, a escolha dos programas é fundamentada por índices sobre as regiões que irão receber os benefícios.
Já as assessorias de comunicação dos ministérios do Desenvolvimento Social e das Cidades afirmam que as transferências são feitas com base em critérios técnicos e nos projetos enviados pelos próprios municípios.

Determinante
O secretário de Finanças de Campinas, Paulo Mallmann, aponta a "excelência dos projetos" como fator determinante para o recebimento das verbas, mas reconhece o "bom entendimento" do prefeito [Doutor Hélio dos Santos] com o presidente Lula".
"Se a cidade não tiver um bom projeto, o recurso não chega", afirma Mallmann. Segundo o secretário de Finanças, a maior parte dos convênios de Campinas é firmada com o governo federal.
O prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), diz que o presidente "Lula atende a todos do mesmo jeito", independente do partido político do governante.
"Nós temos um corpo técnico na prefeitura que elaborou muitos projetos com começo, meio e fim em todas as áreas. O [Gilberto] Kassab [DEM] em São Paulo, por exemplo, é super bem atendido", disse ele.
Luiz Marinho (PT), de São Bernardo do Campo, admite que pelo fato de ter sido ministro de duas pastas do governo Lula (Trabalho e Previdência) e por conta de seu bom relacionamento com o presidente e com a ministra Dilma Rousseff tem bom trânsito no Planalto.
"Mas isso não é determinante para obter recursos. Eu também me dou bem com [José] Serra [PSDB], por exemplo. O mais importante são os projetos que estamos apresentando", disse o petista.


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