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ELEIÇÕES 2006 / CRISE DO DOSSIÊ
Justiça nega prisão de ex-assessor de Lula
Juiz também rejeita pedido de revogação de liberdade de Darci Vedoin e manda soltar Paulo Trevisan, Valdebran e Gedimar
Magistrado considera "no mínimo estranho" que o pedido de prisão de Freud tenha saído na imprensa antes de chegar à Justiça
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
LEONARDO SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ
A Justiça Federal em Cuiabá
(MT) rejeitou ontem o pedido
de prisão temporária, feito pelo
procurador da República Mário
Lúcio Avelar, contra o ex-assessor especial da Presidência da
República Freud Godoy, suspeito de envolvimento no caso
do dossiê contra tucanos.
O juiz Marcos Alves Tavares,
substituto da 2ª Vara Federal,
também mandou soltar o advogado Gedimar Passos e o empresário Valdebran Padilha,
presos na sexta-feira no caso do
dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin.
Tavares também rejeitou o
pedido de prisão contra Darci
Vedoin, pai de Luiz Antonio
Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas e que receberia R$ 2
milhões pelo dossiê.
"O Ministério Público Federal apresenta como fundamento para a decretação da prisão
preventiva [de Darci] as interceptações telefônicas que tenho como precárias para a decretação da prisão preventiva
pleiteada. Os diálogos, na maior
parte em "códigos", não permitem que se extraia nenhuma
conclusão", afirmou Tavares.
Ao negar o pedido de prisão,
o juiz disse que é "no mínimo
estranho e contraproducente
que um pedido de prisão temporária seja divulgado na imprensa antes de sua análise pelo juízo". A informação da prisão de Freud começou a circular desde a manhã de ontem.
Por conta disso, Freud mandou uma petição via fax informando que compareceu à sede
da PF em São Paulo, colocando-se "à disposição da autoridade policial, bem como do Poder Judiciário, trazendo o endereço onde poderá ser localizado". Com base na declaração,
o juiz entendeu não haver necessidade de prisão.
Freud nega que tenha orientado a compra do dossiê. Ele
pediu afastamento da secretaria da Presidência.
Com relação a Valdebran e
Gedimar, o juiz entendeu que
os depoimentos "estão sendo
tomados, não havendo, em
princípio, necessidade de diligências complementares".
O juiz também mandou soltar Paulo Roberto Trevisan, tio
de Luiz Antonio Vedoin, que foi
preso com o dossiê.
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