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Advogado terá 1ª reunião com ex-banqueiro
PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO
O ex-banqueiro Salvatore
Alberto Cacciola, 63, terá hoje a primeira reunião com
seu advogado monegasco,
Franck Michel, para começar a tratar da estratégia de
defesa contra a extradição.
Michel assumiu na segunda a defesa de Cacciola, que
está preso desde sábado em
Monaco, mas ainda não teve
a oportunidade de conversar
com seu cliente. Eles só estiveram juntos na audiência
de anteontem, quando a Justiça de Mônaco determinou
que o ex-banqueiro deve ficar preso enquanto durar o
processo de extradição.
Pela lei local, o preso precisa de um advogado de Mônaco. A outra encarregada da
defesa é a italiana Alessandra
Monchi. O advogado monegasco confirmou que estuda
basear seu caso no parágrafo
4º do artigo 5º da lei 1.222 (de
29 de dezembro de 1999),
que trata da extradição. O
texto diz que as pessoas não
podem ser extraditadas "se a
infração for uma infração fiscal, são tidas como tais as relativas a impostos, taxas, alfandegárias ou cambiais".
A procudora-geral de Mônaco, Annie Brunet-Fuster,
já disse que esse caminho
não deve ser aceito, uma vez
que a condenação de Cacciola no Brasil é por crimes financeiros. Ontem, ela disse
que continua à espera dos
documentos do Brasil. O advogado diz que só conversando com Cacciola poderá definir a linha de defesa. A enviada especial do governo brasileiro a Mônaco, ministra Maria Laura da Rocha, não quis
falar com a imprensa.
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