São Paulo, quinta-feira, 20 de setembro de 2007

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Advogado terá 1ª reunião com ex-banqueiro

PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO

O ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, 63, terá hoje a primeira reunião com seu advogado monegasco, Franck Michel, para começar a tratar da estratégia de defesa contra a extradição.
Michel assumiu na segunda a defesa de Cacciola, que está preso desde sábado em Monaco, mas ainda não teve a oportunidade de conversar com seu cliente. Eles só estiveram juntos na audiência de anteontem, quando a Justiça de Mônaco determinou que o ex-banqueiro deve ficar preso enquanto durar o processo de extradição.
Pela lei local, o preso precisa de um advogado de Mônaco. A outra encarregada da defesa é a italiana Alessandra Monchi. O advogado monegasco confirmou que estuda basear seu caso no parágrafo 4º do artigo 5º da lei 1.222 (de 29 de dezembro de 1999), que trata da extradição. O texto diz que as pessoas não podem ser extraditadas "se a infração for uma infração fiscal, são tidas como tais as relativas a impostos, taxas, alfandegárias ou cambiais".
A procudora-geral de Mônaco, Annie Brunet-Fuster, já disse que esse caminho não deve ser aceito, uma vez que a condenação de Cacciola no Brasil é por crimes financeiros. Ontem, ela disse que continua à espera dos documentos do Brasil. O advogado diz que só conversando com Cacciola poderá definir a linha de defesa. A enviada especial do governo brasileiro a Mônaco, ministra Maria Laura da Rocha, não quis falar com a imprensa.


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