São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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CONTRAPONTO

Imagem incômoda

Em junho, o então ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, foi a Corumbá (MS) participar da queima de cocaína e maconha apreendidas ao longo do último ano pela PF no Estado.
Uma emissora de TV pediu ao ministro que aguardasse um pouco para começar a queima, a fim de que o ato fosse transmitido ao vivo. Ficou combinado que, assim que a TV desse o sinal verde, o ministro retiraria de uma pilha um tijolo de cocaína embrulhado num pacote plástico e o atiraria ao fogo.
Quase uma hora depois veio o sinal. A repórter começou a falar com o ministro ao fundo. Quando ele ia atirar o tablete de drogas ao fogo, o pacote se rompeu. Parte da droga caiu no chão e parte ficou nas mãos dele.
Ao final da transmissão, Reale virou-se para os jornalistas e perguntou, com as mãos sujas de pó de cocaína:
- Isso passou na TV?


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