São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2004

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PAINEL

Gongado
O programa eleitoral paulistano exibido pelo PT na noite de terça, no qual Marta Suplicy saiu de cena e o âncora foi Aloizio Mercadante, obteve uma das mais baixas avaliações do público no monitoramento diário feito pela campanha da prefeita.

De acordo
Para completar o azedume das pesquisas, as qualitativas do PSDB não são as únicas a indicar que a tentativa de abater Serra por meio do ataque a seu vice, Gilberto Kassab, teve pouco efeito. Levantamento à disposição de Marta diz a mesma coisa.

Nota de corte
A campanha de Marta andou sugerindo aos professores que Serra, se eleito, colocará na Educação Hubert Alquéres, ex-número dois da secretaria estadual, que por anos duelou com a categoria. O tucano, porém, descarta pôr na pasta, caso vença, nome saído do governo paulista.

Preço de ocasião
Na reta final da disputa e com Marta em desvantagem nas pesquisas, produtos da campanha entraram em promoção nas lojas petistas. Em alguns casos, paga-se uma peça para levar três.

Sem jogo
O PT não topa a data proposta pelos tucanos para o debate na TV Record, 28. Quer realizar o encontro entre os dias 22 e 26.

Campanha customizada
Luizianne Lins, que faz tudo a seu modo, recusou showmícios de sertanejos contratados pelo PT. Para atendê-la, o partido fechou com o pernambucano Alceu Valença. Além disso, 50 mil camisetas, bandeiras e estrelas estão a caminho de Fortaleza.

Pelo avesso
Segundo a equipe de Celso Giglio, que tenta a reeleição em Osasco, não foi Chico Santa Rita quem desistiu de retornar à campanha, após rompimento no 1º turno. O tucano é que não quis o marqueteiro de volta.

Exército na rua 1
Com o aval do governador Germano Rigotto, Eliseu Padilha convocou servidores estaduais com função gratificada e militantes do PMDB para reforçar a campanha de rua de José Fogaça (PPS) em Porto Alegre. São cerca de 5.000 pessoas.

Exército na rua 2
Segundo Padilha, os funcionários do governo só fazem campanha fora do expediente. "Estamos apenas usando o mesmo veneno do PT", diz o ex-ministro de Fernando Henrique.

Esforço concentrado
Derrotado pelo PT em Belo Horizonte e com seu candidato fora do segundo turno em Montes Claros, Aécio Neves luta agora nas outras três maiores cidades mineiras: Contagem e Juiz de Fora, com tucanos, e Uberlândia, com um aliado.

Duelo de padrinhos
Em Contagem, o PSDB busca reeleger Ademir Lucas, velho amigo de Aécio. A adversária é a deputada estadual petista Marília Campos, que pega carona na vitória de Fernando Pimentel na vizinha BH. O governador aparece na campanha do tucano desde o primeiro turno.

Neopetista
Fernando Pimentel não é o único a reforçar a campanha petista em Contagem. Também está no palanque a candidata derrotada no primeiro turno Maria Lúcia Cardoso (PMDB), mulher do ex-governador Newton Cardoso, arquiinimigo mineiro do PT em outros tempos.

Novo fôlego
Com a troca de guarda no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, a oposição a Amazonino Mendes tem conseguido equilibrar o jogo em Manaus. Serafim Correia (PSB) já obteve cinco direitos de resposta em um programa de televisão que operava abertamente pelo PFL.

TIROTEIO

Do senador Tião Viana (PT-AC), sobre a nota do Exército considerando revanchismo a publicação de fotos que seriam do jornalista Vladimir Herzog antes de ser morto na prisão, onde foi submetido a tortura durante o regime militar:
-Foi um texto infeliz. A índole da sociedade brasileira e das Forças Armadas é confirmadamente democrática.

CONTRAPONTO

Resta um

Antes de se sentarem à mesa do almoço oferecido ontem pelo presidente João Paulo Cunha aos líderes aliados na Câmara, os convidados desfiaram um rosário de reclamações em relação à atuação do PT e do governo Lula nas eleições municipais.
As queixas eram maiores entre os derrotados, como José Múcio Monteiro (PTB), cujo candidato a prefeito em Recife foi atropelado pelos petistas. João Paulo ouviu calado.
Quando todos se acomodaram, o petista viu Pedro Henry (PP-MT), que obteve bons resultados eleitorais, ainda sentado em um sofá. Faltava uma cadeira à mesa. Móvel providenciado, João Paulo disse:
-Pedro, você me parece feliz, sente-se do meu lado direito.
Os outros líderes não deixaram por menos:
-Se o critério é esse, a vaga deveria ficar com o Arlindo Chinaglia, que é o líder do PT.


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