São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Virgílio lista concessões de Lula à iniciativa privada

Decretos editados pelo presidente incluem transmissão de energia e rodovias

Tucano dá troco a petistas, que dizem que, se for eleito, Alckmin vai privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal


FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), listou ontem, no Senado, nove decretos editados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que incluem no Programa Nacional de Desestatização linhas de transmissão de energia elétrica e trechos de rodovias federais.
Os tucanos tentam ir ao ataque para atenuar as informações disseminada por petistas que o candidato tucano Geraldo Alckmin iria promover uma série de privatizações.
O governo Lula concedeu à iniciativa privada o direito de construir e explorar linhas de transmissão de energia elétrica em 19 Estados. Dessas linhas, seis são em São Paulo. Também foi concedida a administração de três trechos de estradas a empresas privadas, o que ainda não foi efetivado porque os processos estão sob análise do Tribunal de Contas da União.
No segundo turno, uma das principais estratégias da campanha à reeleição de Lula é afirmar que, se eleito, o tucano vai privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
Para embasar a afirmação, os petistas têm citado a venda da estatal CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) em junho. A tática tem sido classificada de "terrorismo eleitoral" por tucanos e pefelistas.
"O que tenho de concreto é que o presidente não é tão contra a privatização assim. Esses decretos tratam da privatização de linhas de transmissão do sistema Norte, do sistema Sudeste, do sistema Nordeste, do sistema Sul e do sistema Centro-Oeste, ou seja, de todo o sistema interligado nacional", disse Virgílio. Nenhum senador da base aliada estava na Casa para defender o governo.
O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) também citou, em discurso no plenário, a reforma do Palácio da Alvorada feita no atual governo, que custou R$ 18,4 milhões e foi paga por empresários. As obras foram bancadas por um consórcio de 20 empresas. "A reforma do Palácio da Alvorada foi privatizada", afirmou Heráclito.


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