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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Virgílio lista concessões de Lula à iniciativa privada
Decretos editados pelo presidente incluem transmissão de energia e rodovias
Tucano dá troco a petistas, que dizem que, se for eleito, Alckmin vai privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), listou ontem, no Senado, nove decretos
editados pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que incluem no Programa Nacional
de Desestatização linhas de
transmissão de energia elétrica
e trechos de rodovias federais.
Os tucanos tentam ir ao ataque para atenuar as informações disseminada por petistas
que o candidato tucano Geraldo Alckmin iria promover uma
série de privatizações.
O governo Lula concedeu à
iniciativa privada o direito de
construir e explorar linhas de
transmissão de energia elétrica
em 19 Estados. Dessas linhas,
seis são em São Paulo. Também
foi concedida a administração
de três trechos de estradas a
empresas privadas, o que ainda
não foi efetivado porque os processos estão sob análise do Tribunal de Contas da União.
No segundo turno, uma das
principais estratégias da campanha à reeleição de Lula é afirmar que, se eleito, o tucano vai
privatizar a Petrobras, o Banco
do Brasil e a Caixa Econômica
Federal.
Para embasar a afirmação, os
petistas têm citado a venda da
estatal CTEEP (Companhia de
Transmissão de Energia Elétrica Paulista) em junho. A tática
tem sido classificada de "terrorismo eleitoral" por tucanos e
pefelistas.
"O que tenho de concreto é
que o presidente não é tão contra a privatização assim. Esses
decretos tratam da privatização de linhas de transmissão do
sistema Norte, do sistema Sudeste, do sistema Nordeste, do
sistema Sul e do sistema Centro-Oeste, ou seja, de todo o sistema interligado nacional", disse Virgílio. Nenhum senador da
base aliada estava na Casa para
defender o governo.
O senador Heráclito Fortes
(PFL-PI) também citou, em
discurso no plenário, a reforma
do Palácio da Alvorada feita no
atual governo, que custou R$
18,4 milhões e foi paga por empresários. As obras foram bancadas por um consórcio de 20
empresas. "A reforma do Palácio da Alvorada foi privatizada", afirmou Heráclito.
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