São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2008

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500 religiosos se encontram com José Alencar e criticam transposição de rio e etanol

Lula Marques / Folha Imagem
Fiéis em marcha de comemoração dos 800 anos de São Francisco sobem rampa do Planalto

GABRIELA GUERREIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Com críticas à transposição do rio São Francisco e à produção de biocombustíveis, cerca de 500 franciscanos e religiosos foram recebidos ontem pelo vice-presidente José Alencar no Palácio do Planalto, no encerramento das comemorações do 8º centenário do carisma franciscano -data em que seguidores de são Francisco de Assis lembram o início da doutrina em todo o mundo.
Os religiosos entregaram ao vice a "Carta de Brasília", na qual condenam o "uso abusivo de biocombustíveis", que se tornou uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na defesa da produção de etanol. No documento, os franciscanos também criticam os "lucros abusivos do mercado econômico" e o modelo capitalista neoliberal.
O grupo levou uma faixa com críticas à transposição do rio São Francisco, outra bandeira defendida pelo presidente Lula.
"Revitalizar, sim. Transpor, não. Todo apoio a dom Luiz Cappio e aos movimentos sociais", dizia a faixa em referência ao bispo que fez duas greves de fome para protestar contra as obras de transposição do rio.
Lula alegou problemas de agenda para não participar da cerimônia, mas designou Alencar como seu representante. O vice quebrou o protocolo ao convidar os religiosos para subir a rampa do Planalto e visitar as dependências do palácio. Cercado pelos franciscanos, o vice-presidente se mostrou favorável às críticas ao cenário econômico internacional.
"Nesta crise está presente a necessidade de fazer uma verdadeira revolução no sistema financeiro internacional", afirmou José Alencar.


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