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Sem a presença de Lula, Rosário sobe o tom contra gestão Fogaça
Segundo petistas, foi um erro poupar o prefeito de críticas no primeiro turno
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Com possibilidades escassas
de levar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao seu palanque em Porto Alegre, a deputada federal Maria do Rosário
(PT) busca minar o favoritismo
do prefeito José Fogaça
(PMDB) intensificando a crítica à gestão atual.
Postos de saúde fechados,
números sobre a redução de vagas na educação e até poste de
iluminação caído viraram protagonistas da discussão política
que a petista apresenta em propagandas de TV e rádio ou nos
debates entre os candidatos.
No primeiro turno, a campanha petista dedicou a maior
parte de sua energia a apresentar Rosário como candidata do
presidente Lula e a tentar desbancar a concorrente Manuela
D'Ávila (PC do B) na disputa do
segundo turno.
Os petistas avaliam que erraram. "No primeiro turno, o prefeito nadou de braçada. Agora,
estamos trazendo para o centro
do debate a aferição do governo
Fogaça", diz o deputado estadual Adão Villaverde (PT), um
dos coordenadores da campanha de Rosário.
Entre julho e setembro, os
meses da campanha do primeiro turno, o número de porto-alegrenses que consideravam
Fogaça um prefeito bom ou ótimo avançou de 30% para 47%,
conforme o Datafolha. Esse
crescimento se refletiu em votos. Fogaça passou ao segundo
turno com 43% votos válidos
contra 22% de Rosário.
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada anteontem,
mostra o prefeito com 50% de
preferência contra 37% da oponente. Se consideradas apenas
intenções de votos válidas (desconsiderando brancos, nulos e
indecisos), Fogaça venceria por
57% a 43%.
As críticas à atual gestão elevaram a temperatura da campanha. Maria do Rosário acusa
Fogaça de "só administrar em
véspera de eleição". Fogaça
reage dizendo que recebeu a
prefeitura com mais de R$ 100
milhões de dívidas feitas nos 16
anos de gestão petista.
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