São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sem a presença de Lula, Rosário sobe o tom contra gestão Fogaça

Segundo petistas, foi um erro poupar o prefeito de críticas no primeiro turno

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Com possibilidades escassas de levar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao seu palanque em Porto Alegre, a deputada federal Maria do Rosário (PT) busca minar o favoritismo do prefeito José Fogaça (PMDB) intensificando a crítica à gestão atual.
Postos de saúde fechados, números sobre a redução de vagas na educação e até poste de iluminação caído viraram protagonistas da discussão política que a petista apresenta em propagandas de TV e rádio ou nos debates entre os candidatos.
No primeiro turno, a campanha petista dedicou a maior parte de sua energia a apresentar Rosário como candidata do presidente Lula e a tentar desbancar a concorrente Manuela D'Ávila (PC do B) na disputa do segundo turno.
Os petistas avaliam que erraram. "No primeiro turno, o prefeito nadou de braçada. Agora, estamos trazendo para o centro do debate a aferição do governo Fogaça", diz o deputado estadual Adão Villaverde (PT), um dos coordenadores da campanha de Rosário.
Entre julho e setembro, os meses da campanha do primeiro turno, o número de porto-alegrenses que consideravam Fogaça um prefeito bom ou ótimo avançou de 30% para 47%, conforme o Datafolha. Esse crescimento se refletiu em votos. Fogaça passou ao segundo turno com 43% votos válidos contra 22% de Rosário.
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada anteontem, mostra o prefeito com 50% de preferência contra 37% da oponente. Se consideradas apenas intenções de votos válidas (desconsiderando brancos, nulos e indecisos), Fogaça venceria por 57% a 43%.
As críticas à atual gestão elevaram a temperatura da campanha. Maria do Rosário acusa Fogaça de "só administrar em véspera de eleição". Fogaça reage dizendo que recebeu a prefeitura com mais de R$ 100 milhões de dívidas feitas nos 16 anos de gestão petista.


Texto Anterior: Eleições 2008: Em Salvador, campanha do PT convoca "forasteiros"
Próximo Texto: Nepotismo: Senado recua, e parentes devem ser exonerados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.