|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Suassuna afirma que é perseguido por procuradora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"Essa história de favorecimento não existe. A principal testemunha contra mim
[Norma Boff dos Santos] é
uma pessoa desqualificada.
E uma das procuradoras responsáveis pela ação, a Raquel Branquinho me persegue". Assim reagiu o senador Ney Suassuna ao ser informado pela Folha das acusações contra ele.
Os procuradores José Alfredo de Paula Silva e Raquel
Branquinho sustentam que
a ponte entre a empresa Embrasc e o senador Suassuna
foi feita por um jornalista
chamado Antonio Pedreira.
Suassuna admite ter sido
procurado por Pedreira em
2000. "Ele veio a mim para
pedir que eu o apresentasse
ao governador [Anthony]
Garotinho. Eu dei um telefonema para o Garotinho pedindo que o recebesse. Minha participação acabou aí."
A Cedae contratou a Embrasc, sem licitação,em 2000,
na gestão Garotinho. Um
dos intermediadores do negócio, segundo os procuradores, foi Henry Hoyer.
Suassuna diz que Hoyer
trabalhou "por alguns meses" em seu gabinete. Foi
afastado, segundo diz, há
cerca de 60 dias. "Não há como fazer relação entre um
negócio fechado em 2000 e
uma contratação para o meu
gabinete realizada em 2005."
O relatório menciona um
terceiro elo entre Suassuna e
a Embrasc, José Elísio Ferreira Jr.. Preso pela Polícia
Federal, em maio de 2002,
José Elísio teve documentos
apreendidos, entre eles um
fax enviado por um funcionário da Cedae. Continha
uma relação de pagamentos
da estatal à Embrasc.
Ele trazia consigo cartões
de visita em que se apresentava como assessor de Suassuna. "Ele tinha mesmo esses cartões. Mas nunca foi
meu assessor."
Suassuna diz ainda que o
contrato entre a Ceade e a
Embrasc nada teve de ilegal.
Foi aprovado pelo Tribunal
de Contas do Estado do Rio.
"A área técnica do TCE-RJ
posicionou-se pela ilegalidade da contratação", dizem os
procuradores em seu relatório. O processo foi relatado,
pelo conselheiro José Leite
Nader. "Por coincidência",
anotam os procuradores,
Suassuna foi homenageado
pelo TCE graças a Nader.
"Conheço o Nader, mas ele
não é meu amigo. Nem sabia
que a homenagem havia sido proposta por ele", diz
Suassuna.
Os procuradores disseram
que o processo é sigiloso e
que não comentariam as críticas de Suassuna.
Texto Anterior: Contas públicas: Senador do PMDB é acusado de corrupção Próximo Texto: Educação: Ex-diretor acusa petistas de aparelhar o Inep Índice
|