São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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Toda Mídia

Nelson de Sá

O anti-Chávez

Efe- elpais.es/Reprodução
Manuel Rosales, que se diz social-democrata, mas não de esquerda


O "Washington Post" saudou ontem o surgimento de um "oponente vigoroso" para Hugo Chávez, afinal, na Venezuela. É o "pitbull" Manuel Rosales. O "WP" ecoou o "El País", que dias antes entrevistou Rosales, "o resultado do esforço de milhares para deixar suas diferenças" e fazer renascer a oposição após o "golpe fracassado de 2002". Como os dois, também o "FT" falou do "político enérgico", até "viril". Mas nenhum dos três arriscou vitória na eleição, bastando, por ora, "a preocupação evidente de Chávez com a diferença".

INTERESSANTE
No "Financial Times", em reportagens desde a sexta, "as preocupações voltam ao Equador". É que "o magnata bilionário da banana" Alvaro Noboa, dado como favorito no pleito do dia 26, foi alcançado -e até ultrapassado- pelo "radical com relações com Hugo Chávez" Rafael Correa. "A disputa ficou interessante de novo", comentou o jornal financeiro, pouco animado.

EVO INSTÁVEL
Dias atrás, o editor para América Latina do mesmo "FT" avaliou que Evo Morales fez uma "opção pela Bolívia pragmática" com o acordo da Petrobras. Está "se movendo para perto de moderados" de Brasil e Argentina e longe de Chávez. Mas veio o sábado e "cresceram as preocupações com a estabilidade boliviana". Morales conseguiu "controle completo da constituinte".

MEIO ANO
bbcnews.co.uk/Reprodução


Com longa reportagem, a BBC marcou os seis meses das mortes que se seguiram ao ataque do PCC, em maio. Ouviu da mãe Iracy Flauzino, à esq., à Global Justice ("não vamos nos calar até obter respostas")

OUTRA TV

nytimes.com/Reprodução


Sob o título "Sua TV quer trocar uma palavra com você", o "New York Times" de ontem relatou longamente como vão as experiências de televisão interativa nos EUA. Nos testes com tecnologia mais sofisticada, da Time Warner, elas atingem 160 mil assinantes. Nas operações já em andamento, por DirecTV e outras, até 25 milhões.
No primeiro caso, um espectador da CNN, por exemplo, já escolhe não só o horário para ver um programa, mas como ele virá na tela, seleciona vídeos, dados de mercado, "surfando como num site". Mas o "NYT" destaca, no final, que podem estar "tentando forçar demais a TV a ser algo" que ela não é. E que "o computador e a internet", eles sim, "foram criados desde o princípio para serem interativos".

UM DESASTRE
A estréia do canal em inglês da Al Jazeera deixou uma marca, registrada ontem pelo "Observer". O programa de entrevistas de Sir David Frost conseguiu "um belo furo" -com o primeiro-ministro Tony Blair declarando que o Iraque é "um desastre".

CASO DE POLÍCIA
A Agência de Informação Frei Tito para América Latina (Adital) não gostou do "Linha Direta" sobre o frade. "Tratou um episódio da história como se fosse externo ao Brasil e explorou o pior lado." Virou, na Globo, "caso de polícia".

COMO FARAÓS
"O que é BRIC?", indagou o "New York Times" de ontem, para responder que o "buzz" quanto ao " acrônimo para Brasil, Rússia, Índia e China" vai além da economia e chega à arquitetura globalizada.
"Há uma mudança cultural em andamento", avalia uma empresa de "levantamento de tendências" de Londres, de nome Future Laboratory.
Reporta o "NYT", uma a uma, como "as nações BRIC estão construindo como os antigos faraós". Do Brasil, cita entre outros Philippe Starck, recém-contratado de Rogério Fasano para o hotel Ipanema.

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@ - Nelson de Sá


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