|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Terra potiguara é alvo de disputa em Fortaleza
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITAPIPOCA
Das 14 etnias indígenas existentes no Ceará, apenas quatro
já foram reconhecidas pela Funai (Fundação Nacional do Índio), segundo informou a indigenista Maria Amélia Leite.
Entre elas está o que restou de
um grupo de potiguaras, que vive há mais de cem anos na periferia de Fortaleza.
São apenas dez famílias, que
vivem num bairro chamado
Paupina, localizado numa das
regiões que mais crescem na cidade, com diversos condomínios residenciais e sítios. Por
causa disso, há 30 anos as terras
potiguaras são alvo de uma disputa imobiliária.
O caso virou guerra judicial e
passou da Justiça Estadual para a Justiça Federal. Depois,
porém, de ter sido levada à CPI
da Terra, no Congresso Nacional, há dois anos, a disputa esfriou bastante, e os índios voltaram a ter paz, segundo afirmou Maria Amélia.
Para a indigenista, por ser
uma comunidade muito pequena e desmobilizada, a regulamentação da área onde eles vivem está longe de acontecer.
Apesar disso, o grupo mantém uma tradição que se tornou marca registrada da culinária da região: a tapioca. Até
por isso, em 2002, bem próximo à localidade indígena, foi
criado um centro voltado especificamente para a venda do
produto a turistas.
Para o reconhecimento de
um povo indígena e a demarcação de uma área, a Funai realiza
um estudo antropológico, com
relatórios e pareceres técnicos
elaborados por equipes que
identificam pessoalmente as
áreas a serem delimitadas.
Uma terra indígena demarcada é de interesse do governo
federal e não pode ser explorada comercialmente.
Texto Anterior: Obra gera conflito entre índios tremembés Próximo Texto: Entrevista da 2ª/Kenneth Maxwell: Brasil precisa de um partido conservador Índice
|