São Paulo, terça-feira, 20 de novembro de 2007

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Planalto aposta em Garibaldi e José Maranhão

KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na avaliação do Planalto, os peemedebistas com mais chances de suceder Renan Calheiros (AL) na presidência do Senado são, pela ordem, Garibaldi Alves (RN) e José Maranhão (PB). Para o governo, Pedro Simon (RS), Gerson Camata (ES) e Edison Lobão (MA) têm poucas chances de serem escolhidos pela bancada.
Apesar de ter sido um duro adversário do governo na presidência da CPI dos Bingos (2005-2006), Garibaldi reconstruiu pontes com o presidente Lula. Primo de Garibaldi, o líder da bancada do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), aproximou ambos. Nas palavras de um ministro, Lula "tem coração de mãe" e não vetaria o senador potiguar.
O Planalto passou a trabalhar com o cenário de sucessão iminente de Renan porque o senador alagoano costura um acordo para entregar a presidência da Casa em troca de sua absolvição no plenário.
Maranhão tem a simpatia de Renan, mas reuniria menos apoio na bancada e na oposição do que Garibaldi. Camata perdeu a chance de presidir a Casa porque hostilizou muito Renan no primeiro processo de cassação. Simon teria atuação descolada demais da bancada. E Lobão, apesar da simpatia de José Sarney (AP), é um novato no PMDB -ele acabou de deixar o DEM.
A cúpula do PMDB estimula Renan a renunciar ao cargo antes da votação em plenário. Nos bastidores, Lula trabalha discretamente pela absolvição.


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