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Supremo rejeita a equiparação entre salários
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dois ministros do Supremo Tribunal Federal
-Marco Aurélio de Mello
e Carlos Ayres Britto-
disseram considerar inconstitucional a equiparação do salário de parlamentares ao deles próprios, hoje de R$ 24.500.
As declarações, feitas
por eles durante o julgamento contra o aumento
no Legislativo, revelam
que, mesmo que o Congresso aprove um decreto
legislativo, conforme exigência do STF, poderá enfrentar novos problemas
jurídicos se insistir em
igualar sua remuneração à
dos ministros do tribunal.
"A indigitada equiparação é em si mesma expediente atentatório ao comando da Constituição",
disse Ayres Britto.
Marco Aurélio afirmou:
"Não se pode tomar de
empréstimo o que a Constituição quer não como
subsídio de deputado e senador, mas como teto, ou
seja, o valor que recebe o
ministro do STF."
Já o ministro Sepúlveda
Pertence lembrou que,
qualquer que seja o salário
a ser fixado para os novos
deputados e senadores, a
partir de 1º de fevereiro,
ele não pode ultrapassar o
do STF, que é o teto do
funcionalismo federal.
Enquanto cria obstáculos para o aumento dos
congressistas, o STF tenta
obter no Congresso a
aprovação de projeto de lei
elevando o salário do próprio tribunal de R$ 24.500
para R$ 25.725, com variação de 5% para correção da
inflação de 2006.
A expectativa é que seja
aprovado ao longo de
2007, mas com efeitos retroativos a janeiro.
Desde 2002, o salário
dos 11 ministros do Supremo aumentou 126,8%.
(SILVANA DE FREITAS)
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