São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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Mesmo beneficiados e longe da pressão, novatos criticam reajuste

"Ainda bem que eu não estava lá, caso contrário, ia ter briga", diz Frank Aguiar

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

Deputados federais eleitos por São Paulo que não fazem parte da atual legislatura da Câmara reclamam terem sido alijados do processo de elevação dos salários, ainda que beneficiados pela medida.
"Eu sou totalmente contrário. Ainda bem que eu não estava lá, caso contrário, ia ter briga", diz o cantor Frank Aguiar.
O costureiro e apresentador Clodovil Hernandes chegou ontem à diplomação dos eleitos na Assembléia paulista e foi abordado pelo senador Eduardo Suplicy (PT), que tinha nas mãos um abaixo-assinado contra o aumento dos salários.
Clodovil se justificou ao assinar o documento: "Faço o que me mandam". Em seguida, disse que seus vencimentos no ano que vem serão doados a instituições de caridade.
Já o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que volta à Câmara após duas décadas, disse ontem que não iria comentar o aumento. "Eu ainda não estou lá", disse. Dono de um patrimônio declarado de R$ 72,2 milhões, o empresário Alfredo Kaefer (PSDB-PR), eleito neste ano para seu primeiro mandato na Câmara, disse que a proposta de aumento de 91% no salário dos parlamentares é "inoportuna" e "inconveniente" para o momento vivido pela Casa.
O terceiro deputado mais rico da próxima legislatura, que teve a campanha mais cara entre os 513 eleitos (R$ 2,9 milhões), disse que, independente do valor do salário no ano que vem, ele usará todo o dinheiro ganho no exercício do cargo.


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