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Mesmo beneficiados e longe da pressão, novatos criticam reajuste
"Ainda bem que eu não estava lá, caso contrário, ia ter briga", diz Frank Aguiar
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
Deputados federais eleitos
por São Paulo que não fazem
parte da atual legislatura da Câmara reclamam terem sido alijados do processo de elevação
dos salários, ainda que beneficiados pela medida.
"Eu sou totalmente contrário. Ainda bem que eu não estava lá, caso contrário, ia ter briga", diz o cantor Frank Aguiar.
O costureiro e apresentador
Clodovil Hernandes chegou
ontem à diplomação dos eleitos
na Assembléia paulista e foi
abordado pelo senador Eduardo Suplicy (PT), que tinha nas
mãos um abaixo-assinado contra o aumento dos salários.
Clodovil se justificou ao assinar o documento: "Faço o que
me mandam". Em seguida, disse que seus vencimentos no
ano que vem serão doados a
instituições de caridade.
Já o ex-prefeito Paulo Maluf
(PP), que volta à Câmara após
duas décadas, disse ontem que
não iria comentar o aumento.
"Eu ainda não estou lá", disse.
Dono de um patrimônio declarado de R$ 72,2 milhões, o empresário Alfredo Kaefer
(PSDB-PR), eleito neste ano
para seu primeiro mandato na
Câmara, disse que a proposta
de aumento de 91% no salário
dos parlamentares é "inoportuna" e "inconveniente" para o
momento vivido pela Casa.
O terceiro deputado mais rico da próxima legislatura, que
teve a campanha mais cara entre os 513 eleitos (R$ 2,9 milhões), disse que, independente
do valor do salário no ano que
vem, ele usará todo o dinheiro
ganho no exercício do cargo.
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