São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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Deputados gaúchos decidem reavaliar regra de aumento salarial automático

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Caso se confirme o aumento de 91% nos vencimentos dos deputados federais e senadores, os deputados estaduais gaúchos estão dispostos a modificar seu sistema de reajuste, para que seus salários não sejam aumentados automaticamente. O sistema de reajuste da Assembléia gaúcha obedece à regra segundo a qual os salários são sempre 75% dos praticados no Congresso.
Ontem, o assunto seria discutido na reunião de líderes, mas a liminar que suspendeu o aumento em Brasília deixou a decisão para mais adiante.
De acordo com o presidente da Assembléia do Rio Grande do Sul, o peemedebista Fernando Zachia, ele e a maioria dos seus colegas defendem que ""a correção seja feita pela recuperação da inflação dos últimos quatro anos".
Zachia disse que a Assembléia gaúcha vai rejeitar o aumento vinculado ao do Congresso, derrubando a lei 11.894, de fevereiro de 2003.
Com o efeito cascata, os salários dos 55 deputados estaduais gaúchos passariam, pelos critérios atuais, de R$ 9.540 para R$ 18.375. Com reajuste baseado apenas na inflação do período, os vencimentos deles podem ser elevados para R$ 12,2 mil.
Zachia conta com o apoio do seu partido, do PSDB, do PTB e do PT. O PP também deve participar do acordo contra a vinculação dos salário.
Uma reunião extraordinária pode ser convocada na próxima sexta-feira, quando se encerra o ano legislativo.
Pelo PT, o deputado Raul Pont recomendou a recusa do aumento pela Assembléia gaúcha. No PTB, a bancada fechou questão contra o aumento automático anteontem. O líder da bancada, Luís Augusto Lara, disse não haver clima para qualquer aumento em meio à crise política vivida pelo país, "nem pela inflação".


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