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Deputados gaúchos decidem reavaliar regra de aumento salarial automático
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Caso se confirme o aumento
de 91% nos vencimentos dos
deputados federais e senadores, os deputados estaduais
gaúchos estão dispostos a modificar seu sistema de reajuste,
para que seus salários não sejam aumentados automaticamente. O sistema de reajuste da
Assembléia gaúcha obedece à
regra segundo a qual os salários
são sempre 75% dos praticados
no Congresso.
Ontem, o assunto seria discutido na reunião de líderes,
mas a liminar que suspendeu o
aumento em Brasília deixou a
decisão para mais adiante.
De acordo com o presidente
da Assembléia do Rio Grande
do Sul, o peemedebista Fernando Zachia, ele e a maioria dos
seus colegas defendem que ""a
correção seja feita pela recuperação da inflação dos últimos
quatro anos".
Zachia disse que a Assembléia gaúcha vai rejeitar o aumento vinculado ao do Congresso, derrubando a lei 11.894,
de fevereiro de 2003.
Com o efeito cascata, os salários dos 55 deputados estaduais
gaúchos passariam, pelos critérios atuais, de R$ 9.540 para R$
18.375. Com reajuste baseado
apenas na inflação do período,
os vencimentos deles podem
ser elevados para R$ 12,2 mil.
Zachia conta com o apoio do
seu partido, do PSDB, do PTB e
do PT. O PP também deve participar do acordo contra a vinculação dos salário.
Uma reunião extraordinária
pode ser convocada na próxima
sexta-feira, quando se encerra
o ano legislativo.
Pelo PT, o deputado Raul
Pont recomendou a recusa do
aumento pela Assembléia gaúcha. No PTB, a bancada fechou
questão contra o aumento automático anteontem. O líder da
bancada, Luís Augusto Lara,
disse não haver clima para
qualquer aumento em meio à
crise política vivida pelo país,
"nem pela inflação".
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