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"Não existe poder acima do bem e do mal"
DA REDAÇÃO
Leia a íntegra da nota divulgada ontem pelo PT:
Em decorrência das reportagens
publicadas hoje nos jornais Folha
de S.Paulo, "O Globo" e "O Estado
de S. Paulo", a direção nacional do
Partido dos Trabalhadores vem a
público esclarecer o que segue:
1) O PT, assim como entidades da
sociedade civil, juristas e defensores dos direitos humanos no país,
participou do ato em desagravo ao
deputado federal Luiz Eduardo
Greenhalgh, realizado na OAB-SP
(Ordem dos Advogados do Brasil
-Seccional São Paulo), prestando
solidariedade a este companheiro.
O jornal Folha de S.Paulo publicou
e não se preocupou com a veracidade do depoimento de um preso que
o acusou de tê-lo torturado, algo
que não condiz com a história e a
prática deste parlamentar. A informação constava de um inquérito
que tramita em segredo de Justiça e
não foi checada com o chefe de polícia que comandava o inquérito
policial.
2) O PT e o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, não são contra
as ações do Ministério Público e da
Polícia do Estado de São Paulo, mas
têm críticas aos exageros, como o
vazamento de informações que
constam de um processo que está
sob segredo de Justiça.
3) O PT, conforme noticiado no
dia 17 de dezembro de 2003, em
Brasília, defende a quebra do sigilo
de Justiça do inquérito conduzido
pelo Ministério Público. Portanto,
defende a plena liberdade da informação, desde que seja verídica e
pautada na ética.
4) O PT defende o controle externo e democrático de todos os Poderes da República, como os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário,
[este último] que será debatido na
reforma que tramita no Congresso
Nacional. Da mesma forma, o PT
defende o controle externo e democrático do Ministério Público.
5) O PT quer dialogar com o Ministério Público, mas tem críticas
aos exageros cometidos por alguns
membros e setores desta instituição, que distorceram o foco do discurso do ministro José Dirceu proferido durante o ato em desagravo
ao deputado Greenhalgh. Não existe nenhum poder acima do bem e
do mal.
São Paulo, 20 de janeiro de 2004
José Genoino, presidente nacional do PT
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