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Tucano vai a conselho contra Luciana Genro
Para líder do PSDB, acusação de deputada do PSOL, que diz ter visto vídeos que provariam corrupção no RS, é "leviandade gravíssima"
José Aníbal afirma que Tarso Genro está envolvido em "tentativa de desestabilizar" governo gaúcho; ministro diz que afirmação é absurda
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
O líder do PSDB na Câmara,
José Aníbal, disse que entrará
com representação no Conselho de Ética da Casa contra a
deputada Luciana Genro
(PSOL), que anteontem afirmou ter tido acesso a vídeos e
áudios que mostram a prática
de caixa dois na campanha do
PSDB ao governo gaúcho e o
envolvimento direto da governadora Yeda Crusius no desvio
de R$ 44 milhões do Detran. A
representação, porém, depende de decisão do partido.
Única liderança tucana a falar em favor de Yeda, Aníbal
acusou o ministro Tarso Genro
(Justiça), pai de Luciana, de
"tentativa de desfazimento" do
governo. Para ele, Tarso -provável pré-candidato do PT ao
governo gaúcho- tem sido um
"fator de desestabilização permanente" da atual gestão.
O ministro respondeu ontem, classificando as afirmações do tucano de "absurdas".
Na quinta-feira, Luciana e
Pedro Ruas, outro dirigente do
PSOL, organizaram uma coletiva para dizer que assistiram aos
vídeos, que estariam em poder
da Justiça Federal. O PSOL disse não ter provas, mas formalizou as acusações ao Tribunal de
Contas do Estado.
Aníbal classificou como "leviandade gravíssima" e "atitude absolutamente irresponsável" a apresentação de acusações que já teriam sido desmentidas pelo Ministério Público Federal -o órgão afirmou
apenas que não deu acesso a informações ao PSOL.
Acusado de aparecer em um
vídeo que mostraria a captação
de R$ 500 mil com empreiteira
e empresas do setor de tabaco,
o ex-secretário estadual de Fazenda Aod Cunha entrou com
uma interpelação na Justiça
para obrigar o PSOL a provar as
alegações. "São acusações absolutamente falsas. Se o PSOL
não apresentar provas em cinco dias, entraremos com uma
ação criminal contra os dirigentes", disse Gabriel Magadan, advogado de Cunha.
Luciana afirmou que apelará
para "exceção da verdade"-
prerrogativa jurídica de quem
delata para ter acesso a provas
de processos judiciais para
comprovar as denúncias. "Posso alegar a exceção da verdade
para apontar onde estão as provas e requerer os vídeos que estão na Justiça Federal", disse.
O PT gaúcho diz que pedirá à
Justiça acesso aos dados que
esclareçam as denúncias.
Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre
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