São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2009

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REUNIÃO MINISTERIAL

Presidente exige agenda social organizada como as obras do PAC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em uma reunião de cerca de cinco horas ontem com os 17 ministros da área social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou resultados e a necessidade de unir os programas. Segundo ele, é preciso que a população perceba que a atuação social do governo não se limita ao Bolsa Família, programa de transferência de renda que atualmente atende cerca de 11 milhões de famílias no país.
Lula quer que os programas sociais tenham o nível de organização que, para ele, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) deu aos projetos de infraestrutura por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
No ano passado, em reunião nos moldes da ocorrida ontem, o presidente mencionou a importância que, entre os titulares das pastas sociais, surgisse uma espécie de coordenador dos programas dessa área.
Na ocasião, três ministros surgiram como opções: Luiz Dulci (Secretaria Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Fernando Haddad (Educação). Mas, como esse gerente não apareceu, Lula assumiu ontem a gerência e avisou aos ministros que a partir de março fará reuniões periódicas e individuais com cada pasta para ver o andamento dos programas e cobrar resultados.
A um ano e dez meses do fim do mandato, o presidente quer agilizar os programas sociais e organizá-los de forma a impedir eventuais críticas de que as medidas são assistencialistas.
Para isso, o primeiro passo será unir os programas para, em seguida, mostrar seu impacto na área econômica, como o aquecimento do mercado interno por causa do Bolsa Família, crédito consignado a aposentados e aumento real do salário mínimo.
Outra prioridade do presidente para 2009 e 2010 é o processo de regularização fundiária na Amazônia, sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário. A meta, segundo medida provisória divulgada na semana passada, é regularizar a posse de 296,8 mil áreas, em 436 municípios da Amazônia.
Sobre Bolsa Família, a única mudança prevista para este ano na reunião, por ora, é a ampliação em 1,3 milhão do número de famílias atendidas, além do limite de renda, de R$ 120 para R$ 137 mensais por pessoa.


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