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PF quer ter acesso às investigações sobre a morte de ex-secretário da governadora
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A Polícia Federal quer ter
acesso ao resultado da investigação, feita pela Polícia Civil do
Distrito Federal, sobre a morte
de Marcelo Cavalcante, que
chefiava o escritório do Rio
Grande do Sul em Brasília. O
corpo dele foi encontrado na
última terça-feira, no lago Paranoá, na capital federal.
O pedido do superintendente
da PF gaúcha, Ildo Gasparetto,
foi feito ontem, um dia depois
de o PSOL denunciar suposto
esquema de corrupção na campanha de Yeda Crusius (PSDB).
Demitido no auge da crise do
governo, no ano passado, Cavalcante, segundo o PSOL, negociava dar esclarecimentos ao
Ministério Público Federal.
"Queremos acompanhar para verificar se foi suicídio e se
houve instigação ao suicídio",
disse Gasparetto.
A Folha apurou que o primeiro laudo mostrou ausência
de sinais de que Cavalcante tenha se debatido ou lutado.
Ontem à tarde, a viúva dele,
Magda Koenigkan, prestou depoimento. Ela afirmou, segundo a polícia, que ele havia feito
ameaças anteriores de suicídio.
A reportagem tentou contato
com Magda ontem, mas ela disse que não iria se pronunciar.
Dirigentes do PSOL afirmaram que, para obter benefício
de delação premiada, o ex-tucano Lair Ferst, réu na ação sobre fraude no Detran-RS, entregou à Justiça Federal vídeos
que mostravam envolvimento
de Yeda e de assessores dela
em atos de corrupção.
Segundo o PSOL, Cavalcante
aparece nas fitas. Durante as
investigações sobre o caso Detran, ele não foi indiciado ou
investigado formalmente
"Ele só não foi ouvido porque
tinha foro privilegiado na época, mas seria uma testemunha
importante", disse Gasparetto.
(GRACILIANO ROCHA)
Colaborou a Sucursal de Brasília
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