São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2009

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PF quer ter acesso às investigações sobre a morte de ex-secretário da governadora

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Polícia Federal quer ter acesso ao resultado da investigação, feita pela Polícia Civil do Distrito Federal, sobre a morte de Marcelo Cavalcante, que chefiava o escritório do Rio Grande do Sul em Brasília. O corpo dele foi encontrado na última terça-feira, no lago Paranoá, na capital federal.
O pedido do superintendente da PF gaúcha, Ildo Gasparetto, foi feito ontem, um dia depois de o PSOL denunciar suposto esquema de corrupção na campanha de Yeda Crusius (PSDB).
Demitido no auge da crise do governo, no ano passado, Cavalcante, segundo o PSOL, negociava dar esclarecimentos ao Ministério Público Federal.
"Queremos acompanhar para verificar se foi suicídio e se houve instigação ao suicídio", disse Gasparetto.
A Folha apurou que o primeiro laudo mostrou ausência de sinais de que Cavalcante tenha se debatido ou lutado.
Ontem à tarde, a viúva dele, Magda Koenigkan, prestou depoimento. Ela afirmou, segundo a polícia, que ele havia feito ameaças anteriores de suicídio.
A reportagem tentou contato com Magda ontem, mas ela disse que não iria se pronunciar.
Dirigentes do PSOL afirmaram que, para obter benefício de delação premiada, o ex-tucano Lair Ferst, réu na ação sobre fraude no Detran-RS, entregou à Justiça Federal vídeos que mostravam envolvimento de Yeda e de assessores dela em atos de corrupção.
Segundo o PSOL, Cavalcante aparece nas fitas. Durante as investigações sobre o caso Detran, ele não foi indiciado ou investigado formalmente
"Ele só não foi ouvido porque tinha foro privilegiado na época, mas seria uma testemunha importante", disse Gasparetto. (GRACILIANO ROCHA)
Colaborou a Sucursal de Brasília


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