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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Aldo no ar
Estabelecido que Waldir Pires deixará a Defesa, o
nome mais cotado para substituí-lo é o de Aldo Rebelo, que voltou ao jogo da reforma com o agravamento
da crise nos aeroportos. Mais do que qualquer outro
candidato, o deputado do PC do B conta com o apoio
das três Forças. E, se por um lado sua relação com o
Planalto se desgastou na derrotada campanha à presidência da Câmara, por outro Lula tem motivos em série para considerá-lo de confiança. A sondagem já foi
feita, e Aldo não se mostrou refratário. Enquanto não
há martelo batido, dois outros partidos sonham com a
Defesa: o PSB, que oferece Sergio Gaudenzi, presidente da Agência Espacial Brasileira, e o PP, que gostaria
de emplacar o senador Francisco Dornelles (RJ).
Mal menor. Lula não gostaria de despachar Waldir Pires em circunstâncias que se
assemelhem a um atestado de
incompetência para o ministro. Mas achará pior se a perpetuação da crise aérea ameaçar interromper sua lua-de-mel com o eleitorado.
De carona. Na esteira da
mudança na Defesa, Lula
também decidiu trocar o comando da Infraero. Quem
não gostou da notícia foi o
presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que é
padrinho político do brigadeiro José Carlos Pereira.
Veja bem. Lula tem dito
aos líderes e presidentes de
partidos que a "porteira fechada" nos ministérios será
relativa. Haverá "espaços
compartilhados" em pastas
como Transportes, Cidades e
Integração, avisou.
Permuta. Os aliados que
ouviram a advertência de Lula
já trataram de negociar entre
si um método que lhes permita trocar posições nos ministérios. Um dirigente do PSB
explica: "Se o PR tiver posições que quiser manter no setor de portos, podemos negociar outras que nos interessem na área do Dnit".
Chave do cofre. Preocupado com a avidez demonstrada pelos deputados do
PMDB em relação à Funasa, o
estreante José Gomes Temporão teve a idéia de escalar o
ex-ministro Agenor Álvares,
de perfil mais técnico, para
comandar a fundação, considerada estratégica para as
emendas da Saúde.
Estágio. Walfrido Mares
Guia convidou, e Marta Suplicy aceitou. Amanhã, a futura ministra do Turismo passará o dia com seu antecessor,
que vai apresentá-la à equipe
e introduzi-la aos principais
projetos da pasta.
Faz sentido. Na conversa
com Marta, Lula rasgou elogios ao livro de Antonio Palocci, no qual o ex-ministro da
Fazenda rasga elogios a Lula.
Fora do padrão. Carlos
Wilson, ex-Infraero, deu de
presente de aniversário a José
Dirceu uma gravata Salvatore
Ferragamo. Vermelha? "Não,
azul", confessou o deputado,
que é petista porém recente.
Último bonde. Ao sair em
disparada de evento em Anápolis (GO), a comitiva presidencial esqueceu Fernando
Haddad às margens da BR-060. O ministro da Educação
conseguiu carona em um carro retardatário da segurança.
Deixa o homem. Na
contramão de colegas tucanos
e pefelistas, José Aníbal
(PSDB-SP) defende o fim da
obstrução na Câmara: "Fazer
oposição de verdade é obrigar
o governo Lula a trabalhar".
Pós-mensalão. Josias Gomes (PT-BA) não conseguiu
se reeleger deputado federal,
mas encontrou abrigo. Assumirá a Superintendência Parlamentar da Assembléia baiana, com salário de R$ 13.194.
Gomes ganhou fama ao apresentar sua carteira parlamentar para sacar R$ 100 mil das
contas de Marcos Valério.
Visita à Folha. Carlos Arthur Nuzman, presidente do
Comitê Olímpico Brasileiro e
do Co-Rio (Comitê Organizador do Pan 2007), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Carlos Roberto
Osório, secretário-geral do
Co-Rio, de Carina Almeida,
diretora de imprensa do COB
e do Co-Rio, de Cláudio Motta, gerente de imprensa do
COB, e de Roberto Falcão, gerente de imprensa do Co-Rio.
Tiroteio
"Quem participou de um governo que construiu
o túnel da Rebouças, que em dia de chuva só
servia de passagem para submarinos, pois
alagava inteiramente, deveria "submergir"".
De ANDREA MATARAZZO, secretário de Subprefeituras, sobre o deputado Rui Falcão (PT), para quem a gestão Kassab democratizou as enchentes, que agora atingem também bairros nobres de São Paulo.
Contraponto
Foi e não voltou
A festa de aniversário de José Dirceu, em São Paulo, teve a presença de vários petistas ligados a Marta Suplicy, como o deputado Rui Falcão e membros da
família Tatto. Também estava lá o marido da ex-prefeita, Luís Favre, que conversou animadamente com o anfitrião. A
todo momento alguém perguntava:
-Cadê a Marta? A Marta vem?
Lembrando que ela viajara a Brasília para ser convidada a
virar ministra do Turismo, um convidado respondeu:
-Não, o Waldir Pires não deixou!
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