São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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PAINEL

Quarteto fantástico
Antonio Palocci, José Dirceu, Luiz Gushiken e Márcio Thomaz Bastos estão entre os auxiliares favoráveis à idéia de um pronunciamento de Lula para rebater a percepção de setores da sociedade de que há crise de autoridade no governo. Ainda não convenceram o presidente.

Nota vermelha
Miguel Rossetto virou nome recorrente nas reclamações de Lula. O presidente acredita ter dado ao ministro os recursos necessários -dinheiro inclusive- para enfrentar o "abril vermelho". E o petista teria feito de conta que não é com ele.

Imprima-se
Recado de Lula a ministros e presidentes de empresas estatais: quando Aldo Rebelo (Coordenação Política) telefonar para tratar de nomeações, o interlocutor deve receber a instrução como se o próprio presidente estivesse do outro lado da linha.

Fast-food
O protocolo foi para o brejo no almoço comemorativo do Dia do Diplomata. Lula e o ministro Celso Amorim deixaram o Itamaraty antes do brinde, com os convidados ainda à mesa.

Superávit primário
O cardápio de ontem pareceu inspirado na receita de Antonio Palocci para a economia. Como prato principal, picanha magra e muito além do ponto.

Ekipe, ano 10
À diferença de economistas da geração anterior da PUC do Rio, como Edmar Bacha e Pérsio Arida, Armínio Fraga tem se derramado em elogios a Palocci.

Sala de espera
Uma vez julgado Joaquim Roriz (PMDB-DF), haverá outro governador na fila do TSE. O procurador regional da República Carlos Frederico Santos deu parecer favorável à condenação de Roberto Requião (PMDB-PR) por abuso de poder econômico na eleição de 2002.

Ponto mantido
Em greve há mais de um mês, servidores da advocacia pública obtiveram ontem uma liminar na Justiça Federal de São Paulo que impede retaliações ou corte do ponto no Estado. A Advocacia Geral da União já publicou duas ordens de serviço com advertências aos grevistas.

Reação em cadeia
A decisão do PT de Fortaleza por candidatura própria, em vez da aliança com o favorito Inácio Arruda (PC do B), tornou inevitável o lançamento de Jandira Feghali no Rio. A cúpula petista sonhava trocar o apoio a Arruda por uma mão a Jorge Bittar.

Cheque liberado
As empresas de limpeza que doaram dinheiro à campanha de Marta Suplicy em 2000 não tinham concessão de serviço público em São Paulo -não se encaixariam, portanto, entre os contribuintes vetados em reunião do PT no fim de semana.

Nada de novo
Ao vetar doações de concessionárias de serviços públicos a seus candidatos, o PT nada fez além de repetir o que determina a legislação eleitoral em vigor.

Contagem regressiva
Na noite de segunda, os caciques petebistas Campos Machado e Luiz Antonio Fleury acertaram que até o final deste mês o partido anuncia se o candidato em São Paulo será Arnaldo Faria de Sá ou Ricardo Izar. Tudo caminha para o primeiro nome.

Visita à Folha
Paulo Antônio Skaf, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), vice-presidente da Fiesp e candidato à presidência da instituição, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Carlos Brickmann, diretor da Brickmann Associados e Comunicação, e de Sheila Lobato, assessora de imprensa.

TIROTEIO

Do economista tucano José Roberto Afonso sobre frase de Antonio Palocci a respeito da manutenção da política econômica do governo FHC ("Se é igual e é correta, vou continuar fazendo por dez anos"):
-Não é igual. Não é correta. E não dá para o país agüentar dez anos. Espero que não passe de dois anos e oito meses, o restante do mandato de Lula.

CONTRAPONTO

Desconcerto musical

Nos anos de 2001 e 2002, período em que presidiu a Assembléia Legislativa paulista, Walter Feldman enfrentou vários protestos de servidores da Casa durante campanhas salariais.
Em um deles, os funcionários contrataram uma banda que passava o expediente a percorrer os corredores. O deputado tucano comandava uma reunião tensa do Colégio de Líderes quando o grupo musical estacionou na porta da sala.
O volume e a desafinação proposital tornaram impossível concluir a reunião. Um dos líderes recomendou a Feldman:
-O senhor precisa ser enérgico. Que protestem, mas sem prejudicar os trabalhos da Casa.
O tucano pareceu concordar. Em seguida, pediu aos manifestantes que entrassem na sala:
-Em primeiro lugar, quero dizer que adorei a criatividade de vocês. A banda é sensacional, e o repertório, de primeira!


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