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Assessoria da Casa Civil não comenta gasto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A assessoria do Ministério
da Casa Civil disse que encaminhou os documentos com
gastos não sigilosos para a
CPI dos Cartões Corporativos e que não irá comentar as
despesas, pois estão todas
documentadas.
É a Casa Civil quem responde pelos gastos do presidente Lula, da primeira-dama Marisa Letícia, da ministra Dilma Rousseff (titular
da própria pasta) e do ex-ministro José Dirceu. A Folha
enviou, por escrito, cada caso apontado na reportagem.
A única explicação foi com
relação a caneta Montblanc
que disse não pertencer à
Presidência da República.
Segundo a assessoria, o governo compra suas canetas
em licitação e, na maioria
das vezes, são da marca Bic
ou similar. O gasto específico
do ministro com carga de caneta não foi comentado.
O ex-ministro das Relações Institucionais Walfrido
dos Mares Guia disse que pagava suas despesas pessoais
do próprio bolso e que
"quando uma pessoa tem
uma caneta precisa de carga
para usar". E que "pode ser
que sua secretária tenha
comprado alguma vez carga
para caneta", mas que a sua é
de outra marca.
"Quem falou que a carga
era minha? Tem mais de 20
pessoas que trabalham no
gabinete", disse. Informado
de que o memorando diz que
a compra era para atendê-lo,
afirmou: "Já tem um ano que
saí do ministério, isso é uma
coisa muito irrelevante".
Versões diferentes
A assessoria da ministra
Nilcéa apresentou três versões para explicar o gasto
com bebida e terceiros em
restaurante com cartão corporativo.
Primeiro disse, por e-mail,
que a ministra pagou R$ 76
da conta, depois que a parte
da assessora foi devolvida
aos cofres públicos e, por fim,
que ela não restituiu porque
tinha valor a receber do governo.
Sobre as despesas citadas,
a CGU (Controladoria Geral
da União) informou que não
comenta gastos da Presidência da República, que tem órgão de controle próprio.
Mas informou que o cartão
corporativo e as contas tipo
B (ressarcimento em dinheiro) não podem ser usados para pagamento de despesas
pessoais, como também despesas de restaurante para
terceiros.
No entendimento da CGU,
não há base legal para justificar pagamento de alimentação em Brasília para ministros ou qualquer outro servidor lotado na capital mesmo
que faça um lanche no gabinete.
Segundo a assessoria, a
CGU tem recomendado a
restituição de valores a todos
os que têm realizado esse tipo de despesa.
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