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Juiz se cala e ex-servidor nega ser elo com quadrilha
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Weliton Militão não
quis se manifestar. A Folha fez
contato com o seu gabinete na
12ª Vara para pedir entrevista e
falou também com o seu advogado, José Sad Júnior, que disse que a defesa não vai se pronunciar porque o inquérito está sob segredo de Justiça.
Citação no inquérito da PF,
reproduzida pelo juiz-corregedor, diz que embora os juízes
tenham "usufruído de vantagens diversas disponibilizadas
pelo núcleo central da organização, não se pode até o momento afirmar que os magistrados tenham recebido contraprestação pecuniária para a
prática daqueles atos aqui investigados".
Acusado de ser o elo da "organização criminosa" com o
TRF-1, para evitar decisões
desfavoráveis às ações que defendiam, o ex-diretor administrativo da Justiça Federal em
BH, Wander Tanure, 75, negou
a acusação. Ele disse que não
teve contato com a presidente
Assusete Magalhães em Brasília para tentar influenciar a
presidência do TRF-1.
"Eu não tive contato com
ninguém, com juiz e nem com
Tribunal. Eu realmente tenho
um primo que é prefeito de
Medina [envolvido na acusação
de desvio do FPM], e dinheiro
nenhum foi levantado da Prefeitura de Medina. O que eu tenho que falar é isso. Inclusive,
um apartamento que está no
Imposto de Renda falaram que
não está. Não sei qual é a razão", afirmou Tanure.
Tanure negou conhecer Paulo Sobrinho Sá Cruz. "Eu fiquei
conhecendo quando o delegado me mostrou a foto [na PF].
Eu não tinha conversado por
telefone. Vi uma vez na CEF,
no posto Justiça Federal. É isso
o que eu podia dizer. Pode
acompanhar os depoimentos
que você vai encontrar essa
verdade aí. Estou para o final
de vida e não preciso de nada
para me sujar o nome."
A Folha não conseguiu localizar Paulo Cruz. A reportagem
deixou recado na caixa postal
do seu telefone celular, mas
não houve resposta.
Também não foi localizado o
gerente da CEF Francisco
Araújo, que não ocupa mais o
cargo, segundo informado no
posto da Justiça Federal. A reportagem tentou seu telefone
celular, que estava desligado e
"não havia mais espaço na caixa de mensagens", de acordo
com a empresa de telefonia.
A assessoria da Caixa disse
que não sabia como localizar o
gerente e que não tinha o que
falar sobre esse episódio.
Também por meio da direção substituta da secretaria da
12ª Vara da Justiça Federal, a
Folha tentou falar com Aníbal
Brasileiro da Costa. A informação recebida é que foi feito contato na casa e com parentes dele, mas que ninguém foi localizado. Também não foi informado sobre seu advogado. O telefone do prefeito cassado de Itabela (BA), Paulo Ernesto Pessanha da Silva, "não está disponível para consultas".
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