|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Triunvirato tucano pode tomar
lugar de Motta em campanha
da Reportagem Local
A morte do ministro Sérgio Motta (Comunicações) deixou os tucanos órfãos. Com seu estilo explosivo de fazer política, Motta
era, para o PSDB, não apenas um
ministro forte, mas também o
principal articulador do governo
Fernando Henrique Cardoso.
"Serjão deixa um vácuo muito
grande. É uma figura inesquecível", lamentou o governador tucano Mário Covas (SP), que decretou luto de três dias em São Paulo.
O ministro não poupava críticas
aos adversários e até aos aliados.
Gostava de alardear que falava
com o aval do presidente. Agora,
os tucanos precisam definir quem
vai ocupar o seu lugar.
"Para o partido, ele é uma figura
insubstituível. Ele tinha uma forma de atuar característica. O Serjão era provocador e agora teremos de trabalhar sem ele", disse o
vice-presidente do PSDB, deputado Arnaldo Madeira (SP).
A hipótese mais provável é que o
espaço político de Motta seja ocupado por um triunvirato a ser formado pelo governador Tasso Jereissati (CE), pelo ex-deputado Pimenta da Veiga (MG) e pelo ex-secretário-geral da Presidência
Eduardo Jorge Caldas, que deve
comandar a campanha de FHC.
"Vamos ter de pensar numa alternativa. Talvez a solução seja um
grupo de pessoas", afirmou Pimenta da Veiga.
No início do governo FHC, Pimenta da Veiga deixou a presidência do PSDB devido a desentendimentos com Motta. "Eu não gosto da palavra insubstituível", disse ele, ao ser indagado sobre a dificuldade de o PSDB preencher a lacuna deixada pelo ministro.
Ao velório de Motta, compareceram os governadores tucanos
Mário Covas (SP), Marcello Alencar (RJ), Eduardo Azeredo (MG),
Tasso Jereissati (CE), Albano
Franco (SE) e Dante de Oliveira
(MT). Os governadores Antônio
Britto (PMDB-RS), Jaime Lerner
(PFL-PR) e Roseana Sarney
(PFL-MA) também foram prestar
homenagem ao ministro.
Entre os políticos estavam pesos-pesados como o presidente do
Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), seu filho Luís
Eduardo Magalhães (PFL-BA), líder do governo na Câmara, e o
ex-presidente José Sarney
(PMDB-AP). Os ministros Pedro
Malan (Fazenda), José Serra (Saúde), Paulo Renato de Souza (Educação), Eliseu Padilha (Transportes), Renan Calheiros (Justiça),
Clóvis Carvalho (Casa Civil) e
Francisco Turra (Agricultura) estavam no velório.
(LD e PA)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|